Carta de Bogotá : Américas por justiça social e trabalho decente
22ª Conferência Interamericana reafirma o compromisso com transições justas, regulamentação digital, igualdade de gênero e inclusão nas transformações tecnológicas.
Publicado 25/10/2024 17:29 | Editado 27/10/2024 11:56
A 22ª Conferência Interamericana de Ministros do Trabalho (CIMT promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA) em Bogotá, Colômbia, terminou nesta quinta-feira (24) com a aprovação da “Carta de Bogotá”. O documento reforça o compromisso dos países das Américas em garantir melhores condições de trabalho, priorizando a justiça social, transições justas e ações climáticas, ao mesmo tempo que promove a orientação de novas modalidades de emprego, como as plataformas digitais.
Sendo a primeira conferência após a pandemia de covid-19, o evento destacou os desafios trazidos pela globalização e pelas mudanças climáticas, além das oportunidades e impactos das novas tecnologias, como a inteligência artificial. A Carta destaca que é importante combater a discriminação no trabalho e promover a igualdade entre homens e mulheres, além de reduzir a pobreza e as desigualdades sociais na região.
Chico Macena, ministro do Trabalho e Emprego em exercício do Brasil, que participou do evento, explicou que é essencial ouvir os trabalhadores e inclui-los nas decisões sobre o futuro do trabalho. “Discutimos a transição justa, as mudanças climáticas, a inteligência artificial e as mudanças tecnológicas no mundo do trabalho. O aquecimento global tem impactos até mesmo nas tarefas diárias dos trabalhadores”, disse Macena, destacando ainda a necessidade de garantir a igualdade salarial e a inclusão dos trabalhadores no processo de digitalização que o mundo enfrenta.
Outro tema importante na conferência foi a regulamentação do trabalho digital. Macena apresentou uma proposta brasileira para o setor, trocando experiências com países como Colômbia e Chile, que também avançaram em suas próprias regulamentações. “Queremos compartilhar a proposta de regulamentação do Brasil e conhecer as experiências da Colômbia e do Chile, que está passando por um processo de revisão em sua regulamentação,” afirmou.
A “Carta de Bogotá” reforça ainda o papel da OEA em ajudar os países a dialogarem e criar políticas que beneficiem trabalhadores, funcionários e governos. A expectativa é que essas ações tragam melhorias reais no mercado de trabalho das Américas, garantindo mais justiça e oportunidades para todos.
__
com informações do Governo Federal