Luciana Santos destaca aplicação de R$ 3,1 bi para alavancar ciência no país
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação diz que os editais estimulam as instituições para que os projetos estejam nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Publicado 22/10/2024 17:08 | Editado 23/10/2024 16:17

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, diz que os investimentos de R$ 3,1 bilhões voltados ao desenvolvimento científicos vão contribuir para combater as desigualdades regionais no país.
Desse total, R$ 1,5 bilhão será para a expansão dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs).
“Nós temos 202 institutos e o grande desafio é fazer com que eles funcionem em rede. Nós também estamos estimulando investimentos nos territórios para enfrentar a desigualdade regional”, afirma a ministra ao programa A Voz do Brasil.
Ela explicou que, do mesmo jeito que existe desigualdade econômica e social, isso reflete na infraestrutura de ciência e tecnologia, na quantidade de mestres e doutores por regiões.
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“Por isso, os editais vão estimular as instituições para que os projetos estejam pelo menos numa dessas regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste)”, explica.
“Os institutos hoje, para além de fazer pesquisa e desenvolvimento, são um serviço, uma solução para qualquer desafio nacional. Também formam recursos humanos qualificados, e garante transferência de conhecimento e inovação”, completa a ministra.
Quanto ao funcionamento em rede, Luciana diz que esse será um dos desafios. “O que significa? Que aquela determinada área do conhecimento vai ser aproveitada dentro do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia. Todo mundo convergindo para um determinado desafio”, diz.
Dessa forma, os editais estão focados em áreas estratégicas como saúde, nanotecnologia, tecnologia da informação (TI) e políticas públicas de maneira geral.
“Além de fazer pesquisa e desenvolvimento, os institutos fazem da básica a pesquisa de ponta, aquela que já está na fase final de amadurecimento, um serviço e solução para qualquer desafio nacional. Também forma recursos humanos qualificados e garante transferência de conhecimento e inovação”, enumera.
Pró-Infra Desenvolvimento Regional
A ministra também falou sobre os R$ 600 milhões destinados ao Pró-Infra Desenvolvimento Regional. O programa tem objetivo específico de fortalecer a infraestrutura de pesquisa nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
“Desde o ano passado nós decidimos que 30% do Pro-infra, que é o primeiro projeto do FNDCT [Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], um dos programas mais robustos, teria que ter no mínimo 30% de projetos do Norte, Nordeste e Centro Oeste”, esclarece.
Mesmo assim, a ministra revela que após um levantamento os resultados ainda não foram contemplados.
“Por isso que a gente resolveu fazer um [edital] exclusivo para região Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ainda estimular contrapartida dos estados para poder garantir que a gente tenha mais fontes de investimento para aquele território”, destaca.