Nunes cai 4 pontos no Datafolha pós-apagão em SP
Primeira pesquisa depois do apagão que atingiu São Paulo mostra queda do prefeito que vai a 51%, enquanto Boulos permanece com 33%
Publicado 17/10/2024 18:36 | Editado 18/10/2024 10:35
O Datafolha divulgou, nesta quinta-feira (17), pesquisa de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo que mostra uma queda de 4% do candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) em relação à pesquisa anterior, de 10/10.
No atual levantamento neste segundo turno Nunes está com 51% contra 33% de Guilherme Boulos (PSOL).
Esta foi a primeira pesquisa depois do apagão que ocorreu na cidade após fortes chuvas e ventanias na sexta (11) passada. Nesse sentido, a pesquisa já pode ter captado o começo da insatisfação dos paulistanos com a situação, uma vez que a projeção do prefeito caiu, mas a de seu adversário, Boulos, permaneceu estável. Após uma semana, milhares de pessoas ainda estão sem energia na capital paulista.
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Confira os números quando os nomes dos candidatos são apresentados:
- Ricardo Nunes (MDB): 51% (antes 55%, em 10/10);
- Guilherme Boulos (PSOL): 33% (antes 33%);
- Em branco/nulo/nenhum: 14% (antes 10%);
- Não sabe: 2% (antes 2%).
A margem de erro de 3% para mais ou menos indica que Nunes variou para baixo além dela. Ainda que a tarefa de Boulos seja árdua, que é crescer enquanto o seu adversário cai nas pesquisas, uma dessas frentes já começou a ocorrer.
Foram entrevistadas 1.204 pessoas entre terça (15) e quinta (17). O nível de confiança dos resultados é de 95% com a pesquisa registrada no TSE sob o número SP-05561/2024.
Espontânea
Quando a pesquisa é feita de forma espontânea, sem apresentação de nomes aos entrevistados, os números permanecem relativamente iguais em comparação com os anteriores:
- Ricardo Nunes (MDB): 41% (eram 41%);
- Guilherme Boulos (PSOL): 30% (eram 29%);
- Indecisos: 12% (eram 12%);
- Brancos/Nulo: 10% (eram 10%);
- Outros: 3% (eram 4%);
- Atual prefeito: 2% (eram 2%).
No que diz respeito a rejeição, a de ambos caiu dois pontos: foram a 35% e 56%, respectivamente Nunes e Boulos.
Este continua como um dos aspectos mais desafiadores para o deputado, que precisa baixar consideravelmente a aversão ao seu nome para reverter o cenário desfavorável.