Lula elogia reunião com banqueiros que se unem contra juros elevados

O presidente teve encontro com dirigentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e os CEOs das principais instituições bancárias do País (Itaú, Bradesco, Santander e BTG)

Presidente da Febraban e ministros fala com a imprensa após encontro (Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou nesta quinta-feira (17) a reunião com presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, e os CEOs das principais instituições bancárias do país.

Do encontro realizado nesta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto, governo e banqueiros decidiram criar um grupo dentro do Conselhão para diagnosticar as causas que fazem com que as taxas de juros sejam tão elevadas no país.

Lula disse que o governo está encontrando um caminho para fazer as coisas corretamente. “A economia está bem, a economia está surpreendendo o mercado”, disse o presidente em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador (BA).

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O dirigente da Febraban considera que o país atravessa um momento de conjuntura econômica bastante positivo e favorável.

“Com atividade econômica crescendo num patamar elevado, inflação sob controle, que ainda vem a ensejar cuidados por parte do Banco Central, mas acreditamos que esse é o momento de aproveitar a janela para que a gente possa, do ponto de vista estrutural, atacar alguns problemas importantes”, disse Isaac Sidney, referindo-se a alta taxa de juros.

Sobre o assunto, ele ressaltou que já vinha dialogando com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) sobre a possibilidade de criação de um grupo no Conselhão para diagnosticar as causas que fazem com que as taxas de juros sejam tão elevadas no país.

“Reiteramos com o presidente Lula, que autorizou que formalizássemos uma frente, um fórum para debater as causas elevadas dos juros bancários”, disse após o encontro.

Conselhão

O ministro Padilha explica que a criação do grupo de trabalho comprometido com a redução do custo do crédito no Conselhão deve ser efetivada ainda em outubro e terá participação, além da Febraban e de bancos privados e públicos, de integrantes do Ministério da Fazenda e do Banco Central.

Para ele, o encontro foi uma oportunidade de ressaltar o empenho do governo na aprovação de uma série de medidas com impacto importante, como o arcabouço fiscal, a reforma tributária e do marco legal das garantias de empréstimo no Congresso.

“Isso permitiu já uma redução do custo do crédito no nosso país. Reafirmamos também a prioridade do governo de trabalharmos para concluir a regulamentação da reforma tributária do consumo até o fim deste ano”, assegura.

“Foram essas três pautas. O balanço muito positivo da economia brasileira até aqui, desafios importantes relatados pela Febraban e as perspectivas da economia brasileira, que todo mundo reconhece que são animadoras se continuarmos essa agenda importante como a que estamos mantendo desde antes da posse”, resume o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Também participaram da reunião os CEOs do Itaú, Milton Maluhy, do Bradesco, Marcelo Noronha, do Santander, Mario Leão, e o presidente do Conselho de Administração do BTG, André Esteves, além do presidente do Conselho Diretor da Febraban, Luiz Carlos Trabuco.

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