Presidente do TSE pede votação com tranquilidade
“A gente não espera que as pessoas depositem [na urna] os seus dissabores na vida, ou ideológicos”, diz Cármen Lúcia em sessão do TSE antes do 1º turno, no domingo (6)
Publicado 04/10/2024 11:34 | Editado 04/10/2024 13:38
O primeiro turno das eleições 2024 acontece no próximo domingo (6). E na última sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) antes do pleito, ocorrida na quinta-feira (3), a presidente do Tribunal e ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, reforçou a garantia de que a Justiça Eleitoral está preparada e pediu que os eleitores compareçam às urnas com tranquilidade democrática, civismo responsável e alegria.
Na sua fala, a presidente ressaltou que mais de 155 milhões de brasileiros e brasileiras, sendo 52% de mulheres, estão habilitados para votar e exercerão o direito constitucional fundamental.
Conforme colocou Cármen Lúcia, porém, a votação também apresenta um dever histórico com os outros brasileiros e brasileiras: “é com este voto, instrumento de participação efetiva de ser parte do Estado brasileiro e partícipe do processo democrático brasileiro que chegamos, então, à grande transformação no sentido do aperfeiçoamento institucional, social, político, econômico que se pretende”, disse.
Ela ainda lembrou que o pleito ocorre em 5.569 municípios, inclusive em Boa Esperança do Norte, no Mato Grosso, com 4.243 eleitores, onde se vota pela primeira vez para Prefeitura e para a composição de uma Câmara de vereadores, pois o município foi criado no ano passado.
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Na sequência, a presidente do TSE destacou a liberdade que os eleitores possuem para a definição do presente e do futuro: “É um momento em que, na cabine [eleitoral], a pessoa é verdadeiramente livre para escolher o seu presente e o seu futuro e de todas aqueles que compartilham a experiência humana conosco no Brasil”.
Para a ministra, o pleito é um momento em que os dissabores na vida, ou ideológicos, devem ser deixados de lado e não depositados na urna.
“Este é um momento de tranquilidade democrática, de civismo responsável e de alegria. A gente não espera que as pessoas depositem os seus dissabores na vida, ou ideológicos […] “não esperamos que haja práticas nem de ofensas, nem de violência, nem de inaceitação das diferenças, porque é dessas diferenças que nós realizamos a pluralidade, que é um direito constitucional de todo mundo”, completou.
Na oportunidade, a ministra do STF fez uma deferência aos servidores: “Os dedicados servidores da Justiça Eleitoral brasileira, mais de 20 mil servidores, trabalharam com afinco, com todo empenho para que todos os brasileiros chegassem à cabine [de votação] com tranquilidade e sossego, mas, principalmente, com liberdade para escolher o que ele quer. O que os eleitores colocarem nas urnas será apurado, e o resultado apurado será proclamado”, afirmou.
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Na sessão de quinta (3) ainda foi aprovado o envido de Força Federal para apoio nas eleições em mais onze municípios: Chã Preta, Campo Alegre, Estrela de Alagoas, Marechal Deodoro, Maribondo, Roteiro e Teotônio Vilela, todos em Alagoas, para os municípios de São Gonçalo do Amarante e Jardim de Piranhas, no Rio Grande do Norte, e para Pombal e São Bento, na Paraíba.
Antes disso, a Justiça eleitoral já havia aprovado o envio da Força Federal para cidades em 12 estados, em 54 processos de pedido. No total, 13 estados contam com o apoio da Força composta por militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Assista como foi a sessão: