Reino Unido fecha a última usina de energia a carvão

Fechamento coloca fim há 142 anos de produção elétrica com o combustível fóssil no berço da revolução industrial; é o primeiro país do G7 a abdicar de termelétricas

Foto: Ian Usher/ CC

O Reino Unido anunciou, nesta segunda-feira (30), o fechamento de sua última usina termelétrica. Com a medida, a usina deixa de operar depois de 57 anos e coloca o país como o primeiro dentre o grupo dos sete mais ricos do mundo, o G7, a abdicar da utilização de carvão para produzir energia elétrica.

Com o fim da produção nas oito chaminés da usina de Ratcliffe-on-Soar, que fica próxima a Derby e Nottingham, o Reino Unido põe um ponto final em um plano iniciado em 2015 com a finalidade de cumprir metas de redução nas emissões de gases de efeito estufa. Ao estabelecer um decréscimo gradual na utilização do carvão dentro de uma década, o país reduziu de 30% a utilização do combustível fóssil naquela época para a total eliminação agora.

A situação é vista como um marco histórico no país, berço da Revolução Industrial. Em 1882, portanto, há 142 anos, era inaugurada a primeira usina elétrica a carvão do mundo, a de Holborn Viaduct. Agora, em 2024, termina o uso do carvão nestas usinas sob o espectro da urgência climática.

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A política adotada pelo Reino Unido visa uma atender um plano ousado de emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2050, além de descarbonizar totalmente o setor da eletricidade em 2030.

Para alcançar o fim das termelétricas os outros países do G7 preveem outras datas. A Itália pretende alcançar o memo feito do Reino Unido no próximo ano, enquanto a França que chegar à eliminação do carvão em usinas elétricas em 2027, o Canadá até 2030 e a Alemanha em 2038. Por outro lado, os Estados Unidos e o Japão não têm projeções quanto ao tema.

*Com informações de agências internacionais