Boulos quer prefeitura voltada às periferias e aos trabalhadores
Um de seus desafios é romper a escrita de que o Poder Público Municipal tem pouco a contribuir com a geração de emprego e renda
Publicado 24/09/2024 16:58 | Editado 25/09/2024 11:46
Originário das lutas populares, o deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), tem feito mais agendas de campanha junto ao movimento sindical. Um de seus desafios é romper a escrita de que o Poder Público Municipal tem pouco a contribuir com a geração de emprego e renda – demanda invariavelmente associada ao governo federal.
Nesta segunda-feira (23), Boulos – que é líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) – se encontrou com representantes das centrais sindicais na sede da UGT (União Geral dos Trabalhadores), na região central. Antes, ele já havia feito reuniões bilaterais na CUT (Central Única dos Trabalhadores) e na Força Sindical.
Em cada atividade, o candidato apresenta suas propostas e reitera o compromisso de ouvir os sindicalistas ao longo dos quatro anos de mandato. “Venho do movimento social. Passei uma parte importante da minha vida fazendo manifestação para lutar por moradia para as pessoas – e muitas delas envolviam bater na porta da Prefeitura para falar com o prefeito”, disse Boulos na UGT.
“Então eu sei a importância de um prefeito ter diálogo com o movimento social e o movimento sindical. Por isso teremos, uma mesa de negociação permanente de diálogo com o movimento sindical na prefeitura, garantindo que as vozes dos trabalhadores sejam ouvidas”, acrescentou.
Segundo Boulos, sua candidatura representa o campo democrático e progressista. Ele tem o apoio do presidente Lula, enquanto seus principais concorrentes – o prefeito Ricardo Nunes e o coach Pablo Marçal – disputam os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O movimento sindical teve um papel importante na redemocratização do País. Mais recentemente, a unidade das centrais foi essencial para eleger o presidente Lula e derrotar Bolsonaro”, lembrou Boulos. “É uma honra para mim contar com essa mesma unidade para derrotar o bolsonarismo mais uma vez aqui na cidade de São Paulo.”
Tendo em sua chapa a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) como candidata a vice, Boulos diz querer uma prefeitura voltada às periferias e aos trabalhadores. Reduzir a distância entre o local de trabalho e a moradia é uma de suas prioridades. Daí a diretriz de levar mais empregos para a periferia.
O programa de governo da chapa Boulos-Marta lista compromissos na área de trabalho e desenvolvimento econômico. As propostas estão divididas em seis eixos:
– Centros de Apoio aos Trabalhadores de Aplicativo
– Economia Solidária e Cooperativa
– Agência Municipal de Crédito
– Plano de Inovação Econômica
– Plano de Regularização do Trabalho Informal
– Plano Municipal de Turismo
A chapa “Amor por São Paulo” também promete Centros de Oportunidades para Jovens em regiões de alta vulnerabilidade. Para as mulheres, uma das iniciativas propostas é a criação de um serviço de apoio às cuidadoras. Já os servidores serão beneficiados com a instalação do Sistema de Negociação Permanente e a revogação do confisco de 14% nos proventos de aposentados e pensionistas.