Mais de 11 milhões de pessoas foram afetadas por incêndios

O prejuízo causado pelas queimadas no Brasil já ultrapassa R$ 1,1 bilhão. Já a seca afeta 9,3 milhões com R$ 43 bilhões em prejuízos econômicos

Brigadistas do Prevfogo/Ibama e ICMBio combatem incêndios florestais na Terra Indígena Tenharim/Marmelos, no Amazonas. Foto: Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

Ao menos 11,2 milhões de pessoas foram diretamente afetadas por incêndios florestais desde o início deste ano no Brasil. Este dado consta no levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) que também indica para prejuízos na ordem de R$ 1,1 bilhão com as queimadas. Os números se referem ao período de 1º de janeiro a 16 de setembro de 2024.

O estudo ainda coloca que no período de 01 de agosto a 16 de setembro, 538 municípios estiveram em situação de emergência, atingindo 10,2 milhões de pessoas.

Para efeito de comparação, no mesmo período de 2023, a CNM mostra que eram 23 municípios com o decreto de situação de emergência e 3.800 pessoas afetadas.

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Sobre a condição de seca no país, o estudo indica que este ano, até 16 de setembro, 9,3 milhões de pessoas foram afetadas pela seca/estiagem, o que ocasionou R$ 43 bilhões em prejuízos.

Com base nestes dados a entidade ressalta a importância da instituição do Conselho Nacional de Mudança Climática e da Autoridade Climática Nacional, propostas já levadas adiante pelo governo Lula, assim como a do Fundo Nacional de Mudança Climática.

Neste percurso, a CNM trabalha pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que condensa todas estas ações.

Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski,  a proposta defendida por eles “vai possibilitar um fundo permanente com cerca de R$ 30 bilhões para ações de prevenção e enfrentamento das consequências da mudança climática”.

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Como indicado, os municipalistas pedem a aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Mudança Climática fora do Orçamento Geral da União: “o produto da arrecadação dos Impostos de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 3% serão destinados ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima”, coloca a entidade, que ainda apoia a criação de um Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres, pois observam que de 94% dos Municípios enfrentam dificuldades nesta questão.

*Com informações CNM