Governo Lula prepara plano para evitar falta de gás de cozinha em Manaus
Por causa da seca dos rios, os navios tanques que transportam o produto de Coari até a capital amazonense estão com dificuldade na navegação
Publicado 04/09/2024 16:25 | Editado 04/09/2024 17:12
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva corre para evitar que Manaus (AM) fique desabastecida do gás de cozinha. Por causa da seca dos rios, os navios tanques que transportam o produto (GLP-Gás Liquefeito de Petróleo) de Coari até a capital estão com dificuldade na navegação.
De acordo com o Poder 360, o governo estuda realizar o transporte em balsas nos trechos onde a água está mais baixa.
Essa alternativa logística está sendo tratada com a Transpetro, empresa responsável pelo carregamento do combustível.
Para o transporte de contêineres, que abastecem as indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) com insumos, o governo estuda como alternativa descarregar os navios em embarcações menores equipadas com guindastes para retirar as cargas.
Leia mais: Seca dos rios no Amazonas atinge 20 cidades e 5 estão em estágio crítico
O governo também está ciente de que ambas intervenções logísticas vão provocar aumento no preço dos insumos.
Outra preocupação é com o desabastecimento generalizado da capital amazonense.
A saída é manter o fornecimento de itens por meio do porto de Itacoatiara, município próximo a foz do rio Amazonas e que tem ligação rodoviária com a capital (176 quilômetros).
O governo estadual instalou no município dois portos provisórios que serão utilizados para o embarque e desembarque de cargas e insumos durante a vazante dos rios do estado.
Os portos são uma alternativa para evitar prejuízos e desabastecimento de produtos para a indústria e comércio do Amazonas durante o período da seca.
“O objetivo de colocar essas estruturas aqui é para que a navegação com contêineres que levam insumos para a Zona Franca, e que saem com produtos para o restante do Brasil, não seja interrompida. É claro que existe um custo dessa operação, mas diminui e muito o impacto do prejuízo se comparado com o que aconteceu no ano passado, quando os terminais ficaram praticamente dois meses parados sem operação nenhuma”, afirma o governador Wilson Lima.
Seca
De acordo com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), o rio Solimões atingiu na última sexta-feira (30) o nível mais baixo já registrado na história.
A cota medida foi de -0,94 metro na cidade de Tabatinga. Os dados apontam que essa é a maior seca, pelo menos dos últimos 40 anos.