Cinco ministros caem na Ucrânia em meio ao avanço russo na frente oriental

Reforma ministerial de Zelensky derruba o principal ministro do governo, o chanceler Dmytro Kuleba. Gabinete ministerial tem um terço das pastas vagas.

O presidente Volodimir Zelensky no centro da imagem e seu demissionário chanceler, Dmytro Kuleba a direita Foto: Reprodução

O ministro das Relações Exteriores ucranianas, Dmytro Kuleba, apresentou sua carta de demissão nesta quarta (4) em meio uma grande reforma ministerial no governo do presidente Volodymyr Zelensky. A Ucrânia atravessa um momento crucial na guerra de 30 meses contra a Rússia.

Depois de Zelensky, Kuleba, de 43 anos, era a autoridade mais conhecida do país no exterior, reunindo-se com líderes de todo o mundo e fazendo lobby por apoio militar e político em inglês fluente.

“Peço que aceitem a minha renúncia”, escreveu Kuleba em uma carta enviada ao Parlamento e divulgada nas redes sociais pelo presidente da assembleia, Ruslan Stefanchuk.

Na terça (3), outros cinco ministros, incluindo os da Justiça, Indústria e Meio Ambiente, também apresentaram os pedidos de demissão. O ministro responsável pela produção de armamentos,Oleksandr Kamyshin, renunciou antes de assumir outro cargo na Defesa.

Além de Kuleba e Hamyshin, a vice-primeira-ministra, Olha Stefanishyna, e os ministros da Justiça, Denys Malisuka, do Meio Ambiente, Ruslan Strilets, e da Reintegração, Iryna Vereshchuk, também deixaram seus cargos. São nomes que se juntam ao de Vitali Koval, o chefe do Fundo de Propriedade Estatal da Ucrânia, que também se demitiu recentemente. A vacância nesses ministérios deixa cerca de um terço do gabinete ministerial vago.

Zelensky disse que mudanças no governo eram necessárias para alcançar os resultados exigidos pela Ucrânia.

“O Outono será extremamente importante para a Ucrânia. E as instituições do nosso Estado devem ser configuradas para que a Ucrânia alcance todos os resultados de que necessitamos, para todos nós”, disse o presidente ucraniano nesta terça.

As mudanças ocorrem num momento crítico da guerra, enquanto as forças russas avançam na frente oriental, em regiões como Donetsk e Kharkiv. Moscou tem intensificado os ataques com drones e mísseis nas últimas semanas.

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