Malafaia faz convocação para ato golpista no 7 de setembro
A extrema direita organizada por Silas Malafaria deverá se reunir em São Paulo para subir o tom contra o ministro do STF Alexandre de Moraes
Publicado 20/08/2024 17:37

Uma nova manifestação com tom golpista está sendo organizada por Silas Malafaia no dia 7 de setembro, um sábado. O ato que deverá ocorrer na avenida Paulista, em São Paulo (SP), deve reunir desde Jair Bolsonaro até os deputados federais Nikolas Ferreira (PL) e Gustavo Gayer (PL) e o senador Magno Malta (PL). O grande sentido dos bolsonaristas é arrecadar assinaturas para um processo de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas tudo indica que haverá pedido explícito de prisão do ministro.
Existe até estratégia para as falas. O ex-presidente deverá ser mais ameno para não se complicar em investigações em curso que pesam contra ele. Já os demais deverão subir o tom contra Moraes.
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A motivação parte de um alarde promovido pela Folha de São Paulo contra a atuação do ministro quando presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Sob a justificativa de deliberações “fora do rito” que não se sustentam frente aos fatos reconhecidamente públicos e informações de acesso comum, os bolsonaristas tem se unido em torno do “apito de cachorro” (expressão utilizada na política para incitar algo por um código) promovido pela Folha para uma manifestação antidemocrática.
Existe a preocupação da sociedade quanto a sustentação desse estado de desrespeito às instituições que encontrou eco na grande mídia, pois foi de ato após ato com propagação de fake news e um sentido de condescendência com acampamentos em que se tramou a tentativa de golpe que ocasionou o fatídico 8 de Janeiro de 2023.
STF
A tese que será defendida pelo grupo é de que o governo Lula os persegue em conluio com o judiciário. Em vídeo nas redes o pastor já divulgou suas opiniões e pediu a prisão no ministro.
No STF o ministro foi defendido pelos colegas durante as sessões. Em seu discurso, Moraes disse: “nenhuma das matérias preocupa o meu gabinete, me preocupa ou a lisura de nenhum dos procedimentos”.
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Ainda justificou os pedidos de informações dos perfis dos acusados: “Não há nada a esconder. Todos os documentos oficiais juntados, a investigação correndo pela Polícia Federal. Todos eram investigados previamente, e a procuradoria acompanhando”, disse.