Reindustrialização é tema central da Conferência de Ciência e Tecnologia

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defende que a ciência tem papel fundamental na reindustrialização do país

Ministra Luciana Santos na abertura da V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – Etapa Nordeste (Foto:Diego Galba/Ascom/MCTI)

Um dos principais temas a serem debatidos na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI), que começa nesta terça-feira (30), no Espaço Brasil 21, em Brasília, será a reindustrialização do país.

O tema está entre os quatro pontos tratados nos eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI).

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defende que a ciência tem papel fundamental na reindustrialização do país.

Para isso, o governo acena com investimento de R$ 106 bilhões em quatro anos, sendo R$ 41 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

São investimentos focados na retomada das políticas indústrias para superar o atraso produtivo e tecnológico, apoiando à inovação empresarial.

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“Um país com uma indústria pujante, intensiva em tecnologia e inovação, como resultado de subsídios, estímulos e investimentos, gera melhores oportunidades de emprego e renda e demanda por qualificação para os trabalhadores”, explica a ministra.

Luciana diz que a meta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é “articular a política industrial com a política de ciência, tecnologia e inovação”.

De acordo com o documento base da 5CNCTI, o objetivo é apoiar o desenvolvimento tecnológico e a inovação nas empresas nacionais, com foco em projetos que alavanquem a industrialização do país.

Para isso, serão estimuladas atividades que agreguem valor à produção nacional permitindo ampliação do número de empresas inovadoras no país.

O propósito é estruturar e expandir complexos industriais-tecnológicos em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional, como as áreas da saúde, energia, defesa e segurança e de tecnologias da informação e comunicação.

Dessa forma, pretende-se aumentar a colaboração entre instituições de ciência, tecnologia e inovação e empresas em projetos inovadores.

Essa colaboração ser dará por meio de “parques tecnológicos; criação e consolidação de empresas inovadoras de base tecnológica, incluindo apoio por meio de incubadoras; expansão das atividades de pesquisa e desenvolvimento em empresas nacionais; e integração entre os variados instrumentos e mecanismos de fomento à inovação, incluindo encomendas tecnológicas e leis de incentivo, e estabelecimento de contrapartidas empresariais efetivas para o apoio público”.

Saúde

Na área de saúde, por exemplo, o governo instituiu no ano passado a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde com investimento de R$ 42 bilhões.

São seis programas estruturantes cuja a meta é expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.

De acordo com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a maior autonomia do país é fundamental para reduzir a vulnerabilidade do setor e assegurar o acesso universal à saúde para todos.

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