5ª Conferência da C&T se consolida como espaço do diálogo

“Não tem como você ter uma política pública robusta que não seja com forte diálogo com quem esteja na ponta”, disse a ministra do MCTI, Luciana Santos, sobre o evento

Ministra Luciana Santos (Foto; Richard Silva/PCdoB na Câmara)

Desde de novembro estão acontecendo sessões temáticas, livres e conferências municipais e estaduais por todo o país em preparação a 5ª Conferência Nacional da Ciência e Tecnologia (5CNTI) que começa no próximo dia 30 (terça-feira), em Brasília, e vai até o dia 1º de julho.

“Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”, é o tema do evento que pretende, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), “viabilizar um espaço de diálogo, envolvendo diferentes atores da sociedade, como representantes das instituições de ensino e pesquisa, pública e privada, a sociedade civil, setor empresarial”.

“Não tem como você ter uma política pública robusta que não seja com forte diálogo com quem esteja na ponta, ou seja, a comunidade acadêmica, cientifica e o setor produtivo”, disse a ministra do MCTI, Luciana Santos, ao Portal Vermelho quando comentava a importância do evento.

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Na ocasião, ela disse que há mais de dez anos não se fazia uma conferência, o que demonstra o distanciamento dos governos que se sucederam com o debate e a formulação.

“Esse é o momento também de todos aqueles que sabem a importância da popularização, da divulgação científica, da ciência, participarem ativamente dessa festa da ciência, da tecnologia, que nós queremos garantir, porque haverá o debate amplo das diretrizes até 2035 para a ciência e tecnologia e o plano de ação dos próximos anos do nosso governo do presidente Lula”, destacou a ministra.

Sendo assim, a 5CNTI mobilizou mais de 200 reuniões preparatórias que culminaram nos quatro encontros regionais. Como parte de um eixo temático, a CT&I para o Desenvolvimento Social dominou a maior parte das discussões.

Na região Norte, isso representou 60% dos debates; no Nordeste, 58%; no Centro-Oeste, 35%; e no Sul, 56%.

No Norte, as discussões focaram no protagonismo da Amazônia, mudanças climáticas, inovação social e sustentabilidade. O Nordeste priorizou economia solidária, tecnologia social e o complexo econômico e industrial para a saúde. No Centro-Oeste, as conversas giraram em torno da inovação, mulheres na ciência e desafios e oportunidades. No Sul, os temas de destaque foram desenvolvimento social, educação, pesquisa e articulação de CT&I.

Por fim, no Sudeste brasileiro houve predominância de debates em torno do Eixo I, que trata da recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), em 41% dos encontros preparatórios. Alguns dos principais temas debatidos foram: promoção da soberania, juventude e segurança alimentar.

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