Lula convoca líderes a não se calarem diante do “massacre interminável” em Gaza

No sábado (13) um ataque a uma zona humanitária em Khan Younis deixou mais de 90 mortos e 300 feridos. Alvo era um líder do Hamas, que segue vivo e operante segundo o grupo

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou para que líderes mundiais não se calem diante do “massacre interminável” na Faixa de Gaza. No último sábado (13), o exército israelense bombardeou uma zona humanitária em Khan Younis deixando pelo menos 90 mortos e quase 300 feridos.

“Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável”, publicou o presidente nas redes sociais. Fotos e vídeos verificados pela agência Sanad, da emissora catari Al Jazeera, mostraram palestinos vasculhando escombros e tendas atrás de sobreviventes.

“É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, protestou Lula.

Por meio de nota, o exército israelense afirmou que o ataque foi executado com armas de precisão para atingir um comandante militar do Hamas. Neste domingo (14), no entanto, o grupo afirmou que o alvo, Mohammed Deif está vivo e operante.

O bombardeio levou o grupo fundamentalista palestino a abandonar temporariamente as negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

“É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, disse Lula.

No mesmo dia, outra ação de Israel deixou ao menos 17 palestinos mortos, em um ataque a um salão de orações na Zona Oeste de Gaza. Estimativas apontam que desde o início da ofensiva israelense, mais de 38 mil palestinos, a grande maioria civis, já perderam a vida e 2,3 milhões foram expulsas de suas casas.

O Ministério da Saúde Palestino diz que mais de 70% dos mortos são mulheres e crianças — estima-se em 40% o percentual de crianças entre os mortos.

Leia também: Hamas abandona negociações por cessar-fogo após novos ataques de Israel

Autor