Lula discute integração do Mercosul com presidente do Paraguai
Encontro bilateral tratou de temas como o plano de integração entre os países do bloco, o acordo do anexo C do Tratado de Itaipu e questões fronteiriças
Publicado 09/07/2024 11:50 | Editado 09/07/2024 22:16
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu em uma agenda bilateral, nesta segunda (8), em Assunção, com o presidente do Paraguai, Santiago Peña. Os líderes falaram sobre as relações entre os dois países e entre os demais membros do Mercosul, assim como sobre obras de infraestrutura, desenvolvimento de hidrovias e portos fluviais.
A capital do Paraguai recebeu nesta segunda a 64ª Cúpula do Mercosul, que poderia ser a primeira a contar com cinco chefes de Estado de países membros se não fosse a ausência do presidente da Argentina, Javier Milei.
“As relações estratégicas do Brasil com os países do Mercosul são uma coisa muito séria, muito verdadeira, para a qual damos total prioridade. Juntos temos muito mais chance de fazer as coisas acontecerem. Brasil e Paraguai são países irmãos, de verdade”, ressaltou Lula.
Para Santiago Peña, “a cooperação e o trabalho conjunto são fundamentais para que a região se fortaleça e alcance um maior desenvolvimento para os seus habitantes”.
O paraguaio explicou também que “para o Paraguai é fundamental trabalhar em coordenação com uma visão integradora que permita que mais pessoas invistam e que os produtos paraguaios possam continuar a fazer o seu caminho na região e no mundo”.
Peña defendeu a ampliação da integração entre os países membros do Mercosul e agradeceu o empenho de Lula em prol das relações entre Paraguai e Brasil. “Fico muito orgulhoso de ser presidente do Paraguai ao mesmo tempo em que Lula é presidente do Brasil, um verdadeiro privilégio”, afirmou.
O líder paraguaio destacou o papel relevante do Brasil como membro do BRICS e à frente da presidência pro tempore do G20, cuja Cúpula de Líderes ocorrerá no Rio de Janeiro, em novembro de 2024. Peña também demonstrou interesse em desenvolver centros fronteiriços unificados, fechar o acordo do anexo C do Tratado de Itaipu, aumentar a integração energética no setor de petróleo e gás e a complementaridade de cadeias produtivas.