Lula e líderes mundiais parabenizam vitória da esquerda na França

Lula parabenizou os democratas e afirmou: “Esse resultado reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia”.

Lula e Jean-Luc Mélenchon, líder da França Insubmissa (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou as forças progressistas e democráticas por ter barrado a extrema direita na França nas eleições legislativas deste domingo (7). Lula diz que a derrota da extrema direita na França mostra força do ‘diálogo contra o extremismo’.

“Esse resultado, assim como a vitória do partido trabalhista no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social. Devem servir de inspiração para a América do Sul”, publicou Lula na rede social X, antigo Twitter.

Na última quinta (4), os trabalhistas venceram a eleição para o Parlamento britânico dando fim a 14 anos de mandato de políticas neoliberal dos conservadores.

Na França, o bloco de esquerda Nova Frente Popular se consolidou como a maior bancada na nova Assembleia Nacional. Já a extrema direita liderada pelo Reunião Nacional, de Marine Le Pen, que liderou a votação no primeiro turno, no último domingo (30), ficou em terceiro lugar, atrás até mesmo do Juntos, coligação do presidente Emmanuel Macron.

Além do presidente, parlamentares brasileiros e lideranças do governo também comemoraram a derrota da extrema direita na França e a vitória da frente de esquerda.

O líder do governo Lula no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, comemorou a vitória da esquerda. “Vive la France! Vive la République! Vive la Democratie!”, publicou nas redes sociais. A presidente do partido de Lula, o PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o resultado é uma “grande vitória da esquerda unida nas eleições na França”. “As urnas demonstram mais uma vez o fracasso das políticas neoliberais e antipopulares q vinham sendo implantadas”, disse a deputada.

A deputada Jandira Feghali, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), definiu a vitória da Nova Frente Popular como “um grande NÃO ao racismo e à xenofobia da extrema-direita”.

“A Nova Frente Popular, unida, salvou a democracia francesa e dará a maior parte dos assentos no parlamento para a esquerda. Uma vitória inspiradora para todos os democratas do mundo, apenas dois dias depois da vitória acachapante dos trabalhistas sobre os direitistas na Grã-Bretanha. Bons ventos antifascistas que sopram da Europa”, disse nas redes sociais.

O deputado Orlando Silva, também do PCdoB, comemorou a vitória da democracia. “A França, da heróica resistência, não se rendeu. Liberdade, Igualdade e Fraternidade não são lemas do passado. Viva a Democracia! Viva a França!”, publicou no X, antigo Twitter.

Pré-candidato a prefeitura de São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (Psol) destacou a importância da união dos democratas. “Viva o povo francês, que deu seu recado nessas eleições e reforçou o caminho da defesa da democracia em todo lugar do mundo: unir os democratas para derrotar a extrema direita”, disse.

Líderes mundiais parabenizam as eleições na França

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também se manifestou nas redes sociais. Para ele, o resultado das urnas francesas apontam para uma revolução mundial pela vida. “Sempre nos momentos mais tristes da humanidade, a Humanidade reage”, disse Petro.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou como “histórica” a vitória da Nova Frente Popular. “Saudações ao povo francês, aos movimentos sociais e às suas forças populares, por este importante dia cívico que fortalece a unidade e a Paz”, destacou Maduro.

A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, mencionou o líder da França Insubmissa (LFI, na sigla em francês), Jean-Luc Mélenchon pela vitória da esquerda nas eleições legislativas. “Parabenizamos o dia democrático na França e a vitória da Nova Frente Popular. Organização, unidade e esperança venceram o medo. Parabéns Jean-Luc Mélenchon”, publicou Sheinbaum.

O presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, celebrou que tanto a França quanto o Reino Unido tenham optado por rejeitar a extrema direita, após as recentes eleições legislativas realizadas em ambos os países.

“Esta semana, dois dos maiores países da Europa escolheram o mesmo caminho que a Espanha escolheu há um ano: rejeição à extrema direita e aposta decidida por uma esquerda social”, escreveu Sánchez na rede social X, referindo-se às eleições deste domingo na França, que projetam uma vitória da esquerda, e à vitória dos trabalhistas na quinta-feira no Reino Unido. “Com a extrema direita não se pactua nem se governa”, acrescentou.

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