PF vai indiciar Fábio Wajngarten pelo caso das joias de Bolsonaro
A venda ilegal de joias no governo Bolsonaro é investigada pela Polícia Federal, que deve analisar o envolvimento do ex-chefe da Secom e outros assessores, segundo colunista
Publicado 25/06/2024 15:13
O cerco contra o grupo bolsonarista se fecha ainda mais. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, deverá ser indiciado pela Polícia Federal (PF) no caso das joias vendidas e recompradas ilegalmente nos Estados Unidos.
A informação é do colunista de O Globo, Lauro Jardim. Ao jornal, o advogado do ex-presidente disse que não pode ter indício contra ele, pois ficou sabendo do caso pela imprensa e somente aí passou a cuidar da comunicação quanto ao ocorrido.
A publicação ainda coloca que outros assessores devem ser indiciados por este caso, entre eles o ex-ajudante de ordens e delator, o tenente-coronel Mauro Cid.
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A investigação analisa se Jair Bolsonaro se apropriou de forma ilegal, em 2019, de joias oferecidas pela Arábia Saudita ao governo brasileiro e, com isso, ordenou sua venda com a finalidade de ficar com o dinheiro.
O chamado “kit ouro branco” é composto por anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (masbaha) todos em ouro branco e cravejados com diamantes. Além disso, o kit conta com um relógio Rolex vendido e recomprado pelo advogado Frederick Wassef. O Rolex foi vendido junto a um outro relógio, da marca Patek Philippe, pelo valor de US$ 68 mil (próximo a R$ 347 mil na cotação da época).
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As joias entregues para serem vendidas e os relógios (recomprados por um valor mais caro) foram recuperados pelos assessores de Bolsonaro e entregues à União após o Tribunal de Contas da União determinar a devolução dos itens.