Governo Lula autoriza licitação para dragagem de rios do Amazonas

O ministro Silvio Costa destacou que, pela primeira vez na história, o governo do presidente Lula faz um volume significativo de investimento para transportar pessoas e cargas na região

(Foto: Divulgação/Dnit)

Com a previsão de uma seca mais severa do que no ano passado, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, autorizou a contratação da dragagem de trechos de rios do Amazonas. Todas as obras estão previstas para começar em agosto e vão durar cinco anos.

Serão investidos R$ 505 milhões nos rios Madeira (Manaus-Itacoatiara), Amazonas (Codajás-Coari) e Solimões (Benjamin Constant-São Paulo de Olivença).

No Madeira, serão aplicados R$ 118,9 milhões nos trechos críticos entre o passo do Tabocal e a foz do rio. Já no rio Amazonas, previsão é de gastar R$ 129,1 milhões no paraná do Abacate e nas ilhas do Juçara e do Tracari.

As dragagens entre Tabatinga e Benjamin Constant serão feitas nos canais superior e inferior, envolvendo recursos da ordem de R$ 139,8 milhões.

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Entre Benjamin Constant e São Paulo de Olivença serão gastos mais R$ 112,3 milhões.

O ministro Silvio Costa destacou que, pela primeira vez na história, o governo do presidente Lula da Silva (PT) faz um volume tão significativo de investimento para garantir o transporte de pessoas e mercadorias no estado.

“E isso vai dar previsibilidade para que a cada ano não precise ser feito uma obra emergencial ou uma nova licitação para fazer a dragagem. Agora são em torno de R$ 100 milhões por ano para dar tranquilidade ao povo do Amazonas, ao setor produtivo e toda a sociedade”.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil) disse que neste ano o processo de estiagem está se antecipando e que a ajuda do governo federal chega em boa hora.

“De acordo com os especialistas, a estiagem no Amazonas vai se antecipar em 30 dias. No ano passado, o período mais crítico foi de agosto a setembro e, para este ano, a expectativa é que os meses mais complicados sejam julho e agosto”.

Em julho, por exemplo, o governador disse que o estado decretará situação de emergência nas calhas dos rios Solimões, Juruá e Purus.

Isso, conforme Lima, vai possibilitar as tratativas com o governo federal para ajudar as famílias que serão afetadas.

“Primeiro a questão humanitária, pois as pessoas ficam isoladas com dificuldades de acesso ao alimento e depois o acesso a água potável que vai demandar um esforço muito grande e a gente não consegue fazer sozinho”.

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