PIB do Brasil sobe 0,8% no 1° trimestre de 2024, diz IBGE

Na comparação com o 1º trimestre de 2023, o crescimento foi de 2,5%. A expansão da renda e a política fiscal do governo ajudou resultado do PIB, aponta Fiesp

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024 comparado com o último trimestre de 2023 e 2,5%, se comparado com o primeiro trimestre do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça (4).

O resultado foi puxado pelo consumo das famílias e expansão dos investimentos. Ao bom desemprenho da economia brasileira, se somam a queda do desemprego e a inflação controlada.

Em valores correntes, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março. O mercado esperava um avanço de 0,7% no crescimento entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024.

O crescimento foi puxado, sobretudo, pelo setor se serviços, que teve uma alta de 1,4% no período. A agropecuária também cresceu, registrando variação positiva de 11,3%. A indústria, porém, apresentou leve queda de 0,1%.

Dentro do setor de serviços, o destaque do trimestre ficou com o Comércio, que avançou 3% entre janeiro e março. Além disso, os segmentos de Informação e Comunicação e Outras atividades de serviços também tiveram crescimento, de 2,1% e 1,6%, respectivamente.

Segundo um levantamento realizado pela Austing Rating, o crescimento de 0,8% do PIB brasileiro no primerio trimestre coloca o país em 17ª posição em um ranking de 53 economias que já divulgaram seu crescimento no período.

De acordo com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o período de janeiro a março foi marcado pela resiliência do consumo e também dos serviços, que impactaram a renda.

Além disso, o pagamento, pelo governo federal, de precatórios, contribuiu para ter mais dinheiro circulando na economia. Esses pagamentos de precatórios corresponderam à injeção na economia de R$ 131 bilhões, cerca de 1,1% do PIB, relativos aos meses de dezembro de 2023 a fevereiro de 2024.

Para o próximo trimestre, a expectativa é que a previsão do PIB não avance devido as enchentes no Rio Grande do Sul.

O Departamento Econômico da Fiesp apontou que o dinamismo da economia no primeiro trimestre refletiu a continuidade do mercado de trabalho aquecido. Dados do Caged mostram que foram criadas mais de 730 mil novas vagas de emprego formal no primeiro trimestre, bem acima, portanto, das 520,3 mil vagas criadas em igual período de 2023.

A Fiesp destacou que o aumento real do salário mínimo e o seu impacto direto nos benefícios sociais, inclusive os previdenciários, contribuíram para a massa salarial crescer 10,4% em termos reais no primeiro trimestre deste ano, quando comparada ao mesmo período do ano passado. 

*com Agência Brasil

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