Falta pouco para Bolsonaro ser indiciado por joias e cartão de vacina
Polícia Federal está terminando investigações e deve indiciar ex-presidente e outros pelos dois crimes. Apuração sobre tentativa de golpe também está perto de acabar
Publicado 04/06/2024 18:01 | Editado 06/06/2024 17:09
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser indiciado nos inquéritos relativos às joias presenteadas ao Brasil pela Arábia Saudita e às fraudes nas carteiras de vacinação contra a Covid-19. As investigações sobre os dois casos, conduzidas pela Polícia Federal, estão em fase final e, ao que tudo indica até o momento, há indícios de crimes.
Com o indiciamento, as investigações são encaminhadas ao Ministério Público, que poderá fazer ou não a denúncia. Além disso, as investigações sobre a tentativa de golpe também estão perto de acabar — a previsão é que sejam concluídas no mês de julho. As informações foram obtidas pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e confirmadas pelo UOL.
Leia também: Bolsonaro, Michelle e o silêncio dos culpados
Em março, a PF já havia apresentado relatório final das investigações sobre a alteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro, sua filha e outros envolvidos, inclusive o ex-ajudante-de-ordens, Mauro Cid. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que as investigações fossem aprofundadas.
As investigações sobre as joias sauditas apuram a tentativa de venda ilegal, por Bolsonaro e pessoas de sua confiança, dos bens que foram dados ao Estado brasileiro. Entre os envolvidos estão Mauro Cid e seu pai, o general Mauro César Cid.
Leia também: Como foi o esquema para fraudar o cartão de vacinação de Bolsonaro
No caso da fraude na carteira de vacinação, a PF investiga a inclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde sobre a imunização do ex-presidente, sua filha e outras pessoas do seu entorno.
Quanto à trama golpista, é apurada a participação do ex-presidente e de membros da cúpula de seu governo, inclusive militares, em esquema para que Bolsonaro permanecesse no poder. Faz parte deste caso a minuta golpista que versava sobre a instauração de estado de sítio para impedir a posse de Lula.
Com agências
(PL)