Brasil e China apresentam proposta para negociações de paz entre Rússia e Ucrânia
Em visita oficial a Pequim, o assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, assinou uma proposta de cooperação com a China visando não expansão do campo de batalha
Publicado 24/05/2024 15:29 | Editado 24/05/2024 16:28
O Brasil e a China assinaram, nesta quinta (23), uma proposta conjunta para as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, países que estão em guerra há mais de dois anos.
O documento foi celebrado em Pequim pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o chefe da Assessoria-Especial do Presidente da República do Brasil, Celso Amorim.
As duas partes apelam a todos os atores relevantes a observarem três princípios para a desescalada da situação, a saber:
- não expansão do campo de batalha;
- não escalada dos combates;
- não inflamação da situação por qualquer parte
Os dois países expressaram apoio à organização de uma conferência internacional de paz, condicionada ao reconhecimento e à participação equitativa de todas as partes envolvidas no conflito, incluindo Rússia e Ucrânia.
“As duas partes acreditam que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todos os atores relevantes devem criar condições para a retomada do diálogo direto e promover a desescalada da situação até que se alcance um cessar-fogo abrangente”, declara a proposta.
Adicionalmente, Brasil e China propuseram um veto ao uso de armas de destruição em massa, com ênfase especial na prevenção da proliferação nuclear e em evitar uma crise nuclear.