Vereador de Porto Alegre propõe Comissão Especial de Emergência Climática
Autor da proposta, Giovani Culau (PCdoB) quer que colegiado desenvolva leis e medidas de prevenção e auxílio em desastres naturais, além de fiscalizar atuação da prefeitura
Publicado 21/05/2024 16:42 | Editado 21/05/2024 17:26
Após Porto Alegre ser duramente afetada pelas enchentes que castigam boa parte do Rio Grande do Sul, o vereador Giovani Culau (PCdoB) propôs a criação, na Câmara Municipal, da Comissão Especial de Emergência Climática e Alternativas Urbanas e Socioambientais.
O objetivo do colegiado é estudar mecanismos de prevenção e auxílio aos atingidos pelos desastres naturais que vêm ocorrendo em Porto Alegre, acompanhar a implementação do Plano Municipal de Ação Climática e a atualização do Plano de Contingência prevista pela Defesa Civil para 2024, além de propor novas leis para melhorar o sistema de cuidados e de resposta aos eventos climáticos.
A capital gaúcha sofre com uma cheia histórica e tem mais de 25 mil famílias desalojadas. Além disso, falta água para consumo, vias estão bloqueadas, o aeroporto alagado, entre outros problemas. “A gravidade desse desastre é consequência de uma política que fragilizou o sistema de assistência de Porto Alegre e da falta de manutenção do sistema de proteção contra enchentes”, explica o parlamentar.
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Para ele, “é preciso que todas as instituições municipais dediquem esforços para entender porque chegamos a este ponto e o que fazer para garantir que os eventos climáticos tenham o menor impacto possível para o nosso povo e para a cidade”, acrescenta.
Conforme tem sido noticiado, inclusive pelo Portal Vermelho, a prefeitura de Porto Alegre, comandada por Sebastião Melo (MDB), não teria feito investimentos, nem a manutenção necessária para o funcionamento adequado do sistema antienchente da capital gaúcha, mesmo tendo sido alertada sobre uma série de problemas.
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Além disso, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), responsável pelo sistema, enfrenta um profundo processo de sucateamento por parte da prefeitura — que tenta privatizá-lo, contando hoje com metade dos funcionários que tinha há alguns anos. Tal situação dificulta o acompanhamento das casas de bomba, diques e portões que compõem o mecanismo.
Edição: Priscila Lobregatte