Governo agenda negociação com servidores da educação em greve
Comando de greve de sindicatos observa tentativa de dividir negociações ao separar mesas da carreira docente com a de técnicos-administrativos em Educação (TAEs)
Publicado 14/05/2024 15:30 | Editado 15/05/2024 16:36
O governo federal agendou nova rodada de negociação com sindicatos, a quinta, para tratar uma nova proposta que atenda à requisição dos servidores federais de Educação em greve.
No entanto, as negociações feitas nas chamadas Mesas Específicas Temporárias, que até o momento tratavam sobre a carreira docente e também a dos técnicos-administrativos em Educação (TAEs) no mesmo dia, agora ficaram para datas diferentes, o que desagradou os sindicatos envolvidos. No caso, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).
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Com os docentes do magistério superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) a reunião agendada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) ocorre na quarta-feira (15). Enquanto a reunião para tratar sobre os TAEs foi agendada para a próxima terça-feira (21).
A diretoria do Sinasefe reagiu em comunicado e disse receber com estranheza a divisão de datas para as negociações. Os sindicalistas indicam que irão à reunião de amanhã para sustentar que não haverá saída para a greve sem uma proposta coerente do governo para atender ao segmento dos técnicos-administrativos: “Sem TAEs não há acordo”, colocam.
Até o momento, o governo ofereceu reajuste de 9% para 2025 e de 3,5% para 2026, entre as medidas que tem impacto orçamentário. Os sindicatos cobram reajustes entre 22,71% e 34,32%, conforme a carreira, divididas em três parcelas iguais para 2024, 2025 e 2026.
Além disso, é cobrado pelas entidades reestruturação das carreiras, a recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes, assim como a revogação de todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022).