Boulos denuncia prefeito Ricardo Nunes por “pedalada da educação”
Gestão Nunes na prefeitura de São Paulo deixou de aportar R$ 1,7 bilhão na educação em 2023, acusa o deputado federal Guilherme Boulos que cobra inelegibilidade
Publicado 10/05/2024 12:51
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), aponta que irregularidades com gastos na educação devem tornar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) inelegível em sua empreitada pela reeleição. De acordo com Boulos, o PT apresentará uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido. O partido tem a ex-prefeita Marta Suplicy como pré-candidata à vice-prefeita na chapa encabeçada pelo Psol.
De acordo com o deputado, Nunes cometeu crime de responsabilidade ao descumprir o percentual mínimo de investimento de 25% em educação. Ou seja, o atual prefeito teria cometido uma “pedalada da educação”, conforme disse Boulos, ao investir somente 22,4%.
De acordo com o PT, em ação já apresentada no Tribunal de Contas do Município e ao Ministério Público de São Paulo, deveriam ter sido gastos, em 2023, R$ 16,4 bilhões, porém Nunes aplicou somente R$ 14,7 bilhões. Com isso, a gestão de Ricardo Nunes teria deixado de aportar na educação paulistana R$ 1,7 bilhão.
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A denúncia de Boulos foi feita em transmissão nas redes sociais (confira abaixo). Marta Suplicy participou e falou do seu trabalho à frente da cidade entre 2001 e 2004. Na sequência o deputado do Psol explicou a denúncia.
“A Marta falou que investiu 32% na educação (enquanto prefeita). Existe na Constituição Federal, artigo 212, a exigência de um mínimo de 25% para a educação que os municípios tem que destinar. O que aconteceu é que desde 2021, o prefeito de São Paulo [Ricardo Nunes], destinou menos, ele maquiava, usou uma espécie de pedalada da educação. O que fazia? Deixava restos a pagar, para pagar adiante e não pagava. O Tribunal de Contas deu um prazo para que pagasse. E em 2023, novamente, ele descumpriu”, apontou.
Por fim, Boulos destacou que o prefeito cometeu crime de responsabilidade: “Isso se chama crime de responsabilidade, essa é a gravidade da coisa. Isso é um crime de responsabilidade que pode levar à inelegibilidade do atual prefeito”, completou.