Epidemia de dengue atinge níveis recordes no Brasil em 2024
Com quase 2 mil mortes e mais de 4 milhões de casos, país enfrenta a maior epidemia de dengue desde 2000; medidas de controle e ampliação da vacinação são intensificadas
Publicado 30/04/2024 11:40 | Editado 30/04/2024 11:41
O Brasil enfrenta uma grave epidemia de dengue em 2024, com números alarmantes que chamam a atenção das autoridades de saúde. Até o momento, foram confirmadas 1.937 mortes pela doença, segundo o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado nesta última segunda-feira (29). Este número já supera significativamente os 620 óbitos registrados no mesmo período de 2023.
Além das mortes, o país registrou um recorde histórico de 4.127.571 casos de dengue nas primeiras 16 semanas do ano, um número sem precedentes desde que os registros começaram a ser feitos, em 2000. O recorde anterior datava de 2015, com 1.688.688 casos. Adicionalmente, ainda existem 2.345 casos em investigação, indicando que os números podem crescer ainda mais.
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A faixa etária mais afetada pela dengue atualmente é de jovens adultos entre 20 e 29 anos. As crianças menores de um ano, pessoas com mais de 80 anos, e crianças de 1 a 4 anos são as menos atingidas pela doença. As regiões com maior incidência incluem o Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina.
PAra conter a epidemia, o Ministério da Saúde anunciou, na semana passada, a ampliação da vacinação contra a dengue para 625 novos municípios em seis estados: Alagoas, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e Mato Grosso. Esta quarta remessa de vacinas inclui 986,5 mil doses, das quais 504,6 mil serão destinadas aos novos municípios e 481,9 mil para aqueles já beneficiados em etapas anteriores. Com isso, a imunização chegará a 1.330 cidades brasileiras.
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Projeções indicam que os casos de dengue podem atingir até 4.225.885 neste ano, o que reforça a urgência das medidas de prevenção e controle adotadas pelo governo. A expansão da vacinação é um passo vital para proteger as populações mais vulneráveis e tentar frear a escalada da doença.
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com informações de agências