PF deve aprofundar investigação sobre cartão de vacina de Bolsonaro

Suposta fraude no cartão de vacina de Bolsonaro para entrada nos EUA deve ter investigações aprofundadas após autorização do ministro do STF, Alexandre de Moraes

YouTube/Jair Bolsonaro - 21.fev.2021

A suspeita de fraude do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro continua a ser investigada. Na terça-feira (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou que a Polícia Federal (PF) aprofunde a investigação para esclarecer se Bolsonaro apresentou um cartão com informações falsas sobre a vacina de covid-19 ao entrar nos Estados Unidos.

A ordem para que se esclareça a situação ainda prevê que sejam feitas novas perícias e laudos nos celulares apreendidos com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

Cid já revelou em delação premiada que a ordem para fraudar o cartão de vacinas veio de Bolsonaro.

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também pediu o aprofundamento das investigações ao STF. O procurador deve colher mais elementos para decidir se oferece denúncia contra Bolsonaro e outros 16 investigados pela PF que foram indiciados em março.

Informações passadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos devem ser juntadas ao processo. Para Gonet, é preciso elucidar se na época os EUA requisitavam apresentação do certificado de vacina de quem possuía passaporte e visto diplomático – como o caso da comitiva brasileira.

Este ponto é fundamental, pois as informações falsas adicionadas ao sistema do Ministério da Saúde para driblar medidas sanitárias na época da covid-19 podem ter sido visadas para facilitar sua permanência fora do país.

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O ex-presidente esteve nos EUA por três vezes após a suposta fraude no cartão de novembro de 2021, inclusive se encontrou com o presidente norte-americano, Joe Biden.

Quando já havia perdido às eleições, deixou a presidência antes do término do mandato rumo aos EUA, em 30 de dezembro de 2022.

*Informações Agência Brasil. Edição Vermelho, Murilo da Silva

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