Lula comemora ampliação da exportação brasileira de carne para a China

Novas plantas habilitadas pelo país asiático vão gerar incremento em R$ 10 bilhões na balança comercial no decorrer dos próximos 12 meses

Lula com funcionários da empresa que foi recentemente aprovada para enviar proteína animal para a China. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (12), em Campo Grande (MTS), do embarque do primeiro lote de carne para a China a partir das plantas recém-habilitadas. A carne foi despachada a partir de uma fábrica da JBS, empresa líder global em produção de alimentos à base de proteína. 

“Trinta e oito novos frigoríficos habilitados para exportar carne para a China. 105 novos mercados abertos desde o início do nosso governo. Abrindo a possibilidade de aumentar em bilhões nossas exportações”, festeja Lula.

“É uma alegria estar de volta ao Mato Grosso do Sul para a habilitação dos 38 frigoríficos para exportação de carne brasileira para a China. É uma homenagem ao país chinês a gente entregar carnes de qualidade, abrindo novos mercados e gerando empregos no Brasil”, completa.

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Lula ressalta a importância do diálogo diplomático para impulsionar a economia e abrir horizontes para o comércio exterior brasileiro.

“No ano passado, fiz uma viagem à China e foi extraordinário. Vamos receber agora o presidente da China, Xi Jinping, em novembro, no Brasil, e já está acertado que ele vem em uma viagem de chefe de Estado para participar do G20”, antecipa.

Depois da China, o presidente disse que fez reunião com todos os presidentes da União Europeia e todos da América Latina.

“São 66 presidentes. Depois, fiz uma reunião do G20 na África do Sul e uma dos BRICS. Depois, uma reunião com todos os países do Caricom, os países do Caribe. Em quatro reuniões, me reuni com mais de 110 presidentes de todo o mundo. Isso é importante porque, quando volto, digo aos meus ministros: coloquem o que o Brasil tem para vender embaixo do braço e viaje o mundo para vender os produtos brasileiros”, afirma.

De acordo com o planalto, o país asiático habilitou, em março, 38 novas unidades de produção para receber carne importada do Brasil, o que fez com que o número de plantas saltasse de 106 para 144.

Foram habilitadas 24 novas plantas de processamento de bovinos, oito de frangos, um estabelecimento de termoprocessamento de bovinos e cinco entrepostos.

Somadas, elas vão gerar um incremento de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira no decorrer dos próximos 12 meses.

“O mercado chinês é importante para o Brasil porque tem muita demanda. Estamos em uma busca frenética pela abertura de novos mercados. Ano passado, tivemos o recorde de abertura de 78 novos mercados e já conseguimos a marca de 105 mercados acumulados do ano passado até agora”, ressalta o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa.

“No Sudoeste Asiático, tivemos incremento do volume de vendas, houve habilitações de novos planos de exportação para a Rússia, a possibilidade de maior exportação para o Chile, enfim, são diversas ações que estão sendo tomadas para criar ainda mais oportunidades para os produtos brasileiros”, completa o secretário.

Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o fluxo comercial entre os dois países foi de US$ 157 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 104 bilhões. Entre 2007 e 2022 o Brasil foi o quarto principal destino de investimentos chineses.

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