União Europeia exige medidas para conter desinformação do X
Às vésperas de eleger o novo Parlamento Europeu, o bloco teme onda de desinformação na plataforma X, do bilionário sul-africano. Empresa vem tensionando
Publicado 11/04/2024 10:17 | Editado 12/04/2024 11:31
Às vésperas das eleições parlamentares do continente, a União Europeia determina que as plataformas digitais ampliem suas medidas de controle. O bloco teme uma onda de desinformação durante a campanha para eleger o novo Parlamento Europeu, em junho.
As Big Techs serão multadas em caso de violações e devem ser punidas em até 6% do equivalente à sua receita global. A decisão vai na contramão do que a extrema-direita brasileira e europeia tem alegado como censura e cerceamento da liberdade de expressão.
Para o jornalista Jamil Chade, do UOL, fontes afirmaram que as exigências serão aplicadas sobre a plataforma X (antigo Twitter), do bilionário Elon Musk. Segundo as fontes do jornalista, a rede social do sul-africano é o centro das preocupações das autoridades do bloco.
Empresas como Facebook, YouTube, TikTok, além do X, terão de dar demonstrações sobre o que estão fazendo para impedir que as redes sejam usadas para a disseminação de conteúdos falsos.
No mês passado, a UE chegou a produzir um guia sobre o que cada empresa poderia fazer. Se nenhuma das sugestões forem usadas, a empresa ainda assim terá de provar que as medidas adotadas são “igualmente eficazes”.
Para o final de abril, os europeus planejam realizar um primeiro “teste de estresse” com as principais plataformas. Ainda que a empresa de Musk tenha se retirado de uma iniciativa conjunta do setor para responder às ameaças eleitorais, a UE insiste que a companhia terá de seguir suas regras.
Recentemente, Musk ameaçou por duas vezes obstruir à Justiça brasileira ao publicar que derrubaria as restrições aos perfis bloqueados pelo STF e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), durante as eleições presidenciais de 2022.
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