OAB/RJ pede acesso aos inquéritos arquivados do caso Marielle
Órgão quer saber quais inquéritos foram inconclusivos e arquivados no período em que Rivaldo Barbosa e Giniton Lages estiveram à frente da Delegacia de Homicídios
Publicado 11/04/2024 12:13 | Editado 11/04/2024 18:28
A atuação dos delegados Rivaldo Barbosa e Giniton Lages quando estiveram no comando da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), do Rio de Janeiro, é alvo de investigação pela Polícia Federal por inúmeras irregularidades, a principal delas na condução do caso das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Com isso, na quarta-feira (10), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Rio (OAB-RJ), Luciano Bandeira, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária, José Agripino da Silva Oliveira, entregaram um pedido de informação para saber quais inquéritos, no período em que a dupla esteve à frente da Delegacia, foram inconclusivos e arquivados.
O pedido foi feito ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, e à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado e à DHC.
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Os membros da OAB-RJ querem que a apuração se estenda até o período em que Rivaldo Barbosa, que está preso acusado de obstruir as investigações quanto ao assassinato de Marielle, esteve como secretário de Polícia Civil do Rio.
O procurador-geral, Luciano Mattos, deve apontar quais inquéritos foram arquivados pelo Ministério Público, enquanto o delegado da DHC, Henrique Damasceno, deve rever inquéritos de Giniton Lages – que foi alvo de busca e apreensão e está com tornozeleira eletrônica como suspeito de envolvimento para sabotar a apuração dos assassinatos.
Marielle e Anderson foram assassinados no dia 14 de março de 2018. Um dia antes Barbosa deixou a chefia da DHC para assumir como secretário da Polícia Civil. Em seu lugar ficou Lages para investigar o crime.
*Com informações Agência Brasil