Forças Armadas retomam combate ao garimpo ilegal nas terras Yanomami
Os objetivos são interromper o fluxo logístico das atividades de apoio ao garimpo; a inutilização da infraestrutura do crime; e o apoio às atividades da Casa de Governo
Publicado 08/04/2024 13:12 | Editado 09/04/2024 18:37
As Forças Armadas realizam a segunda fase da operação Catrimani para reforçar o combate ao garimpo ilegal nas terras indígenas do povo Yanomami, localizada nos estados do Amazonas e Roraima.
De acordo com portaria do Ministério da Defesa, publicada nesta segunda-feira (8), no Diário Oficial da União, os objetivos estratégicos da Catrimani II serão interromper o fluxo logístico das atividades de apoio ao garimpo; a inutilização da infraestrutura que dá suporte à atividade ilegal; e o apoio às atividades da Casa de Governo, instalada em Boa Vista (RR).
Também está explícito na portaria que a pasta pretende fortalecer a “imagem conjunta das Forças Armadas na sociedade, com o estabelecimento de comunicação estratégica de defesa”.
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O documento, assinado pelo ministro José Mucio, regula o emprego dos efetivos do Exército, Marinha e Aeronáutica com indicações de oficiais generais que vão atuar no Comando Operacional Conjunto (COC) da Catrimani II, em regime de rodizio.
O COC será ativado para atuar na terra indígena entre 1° de abril a 31 de dezembro de 2024.
Ao chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, estão determinados que encaminhe ao comando as diretrizes para elaboração de normas de conduta para a operação; mantenha ligação com as autoridades federais envolvidas com as ações; e o acompanhamento permanente da operação.
Além do comando como canal oficial de comunicação, o Ministério da Defesa também determinou que seja instalado um posto na capital roraimenses.
Prejuízo
Em coletiva de imprensa em junho do ano passado, as Forças Armadas, em ação conjunta com agências do governo, afirmaram que causaram um prejuízo de R$ 30,9 milhões em ações contra o garimpo ilegal na terra indígena Yanomami.
Na ocasião, houve a destruição de balsas, embarcações e aeronaves, e a apreensão de armas de fogo, munição, ouro, mercúrio e cassiterita, entre outros objetos.
“Desde o início das operações, em fevereiro, foram destruídos 19 garimpos ilegais, reduzido em 90% o número de voos clandestinos na região e distribuídas 23.438 cestas básicas em ação humanitária à população indígena”, diz nota da época.