Cartola acusado de assédio é detido por corrupção na Espanha
Ex-presidente da RFEF, Rubiales é investigado por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em março, o MP pediu dois anos de prisão por assédio a Jenni Hermoso
Publicado 03/04/2024 08:28 | Editado 03/04/2024 09:04
O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Manuel Rubiales foi detido, nesta quarta (3), por agentes da Guarda Civil ainda na pista do aeroporto Barajas, na capital Madrid. Rubiales estava há dois meses na República Dominicana e é investigado por um esquema de corrupção dentro da federação espanhola.
O cartola é investigado por supostas irregularidades em contratos, administração desleal, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Em março, o Ministério Público pediu dois anos e meio de prisão para o ex-presidente por agressão sexual e coação no processo do beijo à jogadora Jenni Hermoso.
De acordo com as investigações, Rubiales teria participado de um esquema de desvio de verba dentro da RFEF através de contratos de obras para a empresa Gruconsa, do seu amigo e ex-jogador de futebol Francisco Javier Martín Alcaide, o Nene.
🚨 RUBIALES, BAJO CUSTODIA en su llegada a ESPAÑA.🚨
— El Chiringuito TV (@elchiringuitotv) April 3, 2024
🚓 Ha subido a una furgoneta de la Guardia Civil minutos después de aterrizar. pic.twitter.com/5TSy5qhkzo
No dia 20 de março, a Unidade Central Operativa da Guarda Civil da Espanha, que investiga casos de corrupção no país, em conjunto com o Ministério Público, deflagou a operação Brody, que realizou busca e apreensão na sede da RFEF, em Madrid, e na casa do ex-presidente Rubiales, em Granada. Na data, Rubiales estava na República Dominicana.
Os investigadores se debruçam sobre suspeitas de corrupção na transferência da partida da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita, na qual foi intermediaria a empresa do ex-jogador do Barcelona Gerard Piqué, a Kosmos Global Holding S.L., além de obras superfaturadas no estádio La Cartuja, em Sevilha.
Rubiales esteve à frente da RFEF entre 2018 e 2023, cargo ao qual renunciou depois que a campeão mundial Jenni Hermoso apresentou queixa pelo beijo forçado que o ex-dirigente lhe deu na boca, na comemoração da conquista do Mundial feminino.
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