Israel escala guerra e ataca consulado iraniano na Síria

Bombardeios israelenses atingiram, nesta segunda (1°), a capital da Síria, Damasco, em um ataque da coalizão de extrema-direita do país ao consulado do Irã. O ataque resultou na morte de ao menos seis, inclusive um dos principais comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), o general Mohammad Reza Zahedi.

Rapidamente, o Irã reagiu com muita firmeza e ao Conselho de Segurança da ONU, disse que tem o direito de revidar o ataque de Israel e pediu que o órgão faça uma reunião de emergência para discutir a agressão.

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, reafirmou nesta terça (2) que o ataque de Israel ao consulado do país na Síria “não ficará sem resposta”. A fala foi divulgada pela agência de notícias iraniana Tasnim.

Em comunicado, Raisi disse que “o regime sionista usurpador violou descaradamente o direito internacional ao cometer o ataque terrorista à um edifício diplomático”, informou a agência de notícias.

Hossein Akbari, o embaixador do Irã na Síria, afirmou que o consulado foi atingido por seis mísseis disparados de caças F-35. Akbari morava em um anexo da embaixada e teve sua casa atingida, mas escapou ileso.

O jornal “The New York Times” afirmou que conversou com quatro autoridades de Israel, que confirmaram que o país realmente executou o ataque.

A primeira declaração oficial israelense a respeito do ocorrido não desmente nem descarta essa possibilidade. O comunicado de Tel Aviv afirma somente que “não iremos comentar relatos de meios de comunicação estrangeiros”.

Não é a primeira vez que Israel bombardeia países vizinhos. Desde a ofensiva sobre a Faixa de Gaza, após os ataques do Hamas em outubto, Tel Aviv tem bombardeado o leste e o sul do Líbano, onde atua o Hezbollah, e regiões importantes da Síria, como a capital Damasco.

Alguns países condenaram o ataque israelense. A Rússia, através do ministério dos Negócios Estrangeiros condenou o “ataque inaceitável” contra o consulado iraniano em Damasco, acusando as forças de Tel-Aviv de serem responsáveis pela ofensiva na Síria.

A Arábia Saudita também emitiu nota condenando o bombardeio e afirmou que condena “ataques a instalações diplomáticas por qualquer causa”.

Outros países da região também se posicionaram contra a manobra militar, como Paquistão, Iraque, Omã e Iêmen.

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