Moraes dá cinco dias para PGR se manifestar sobre ‘Bolsonaro na Embaixada’
Defesa do ex-presidente alega que seria “ilógico” pensar em asilo ou fuga para a Hungria. Moraes deve analisar o caso depois do parecer da Procuradoria
Publicado 28/03/2024 16:33 | Editado 28/03/2024 16:42
A PGR (Procuradoria Geral da República) deve se manifestar em cinco dias sobre os esclarecimentos de Jair Bolsonaro (PL) sobre a estada na Embaixada da Hungria. O prazo foi dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que analisará o caso depois do parecer da Procuradoria.
A defesa do ex-presidente disse que seria fora de lógica a sugestão de que ele pediria asilo político. Esta foi a resposta dada ao Supremo após Moraes pedir explicações sobre o caso.
Em nota foi colocado: “Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”.
Asilo
Em 8 de fevereiro Bolsonaro teve o passaporte apreendido pelo avançar das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no país.
Entre os dias 12 e 14 de fevereiro, dias após a apreensão, Bolsonaro ficou hospedado na Embaixada da Hungria, o que o protegeria de eventual mandado de prisão, por ser considerado território estrangeiro pela regra internacional da inviolabilidade da embaixada.
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A estadia de Bolsonaro foi revelada pelo jornal The New York Times no dia 25 de março. A notícia fez com que surgisse a especulação de que o ex-presidente tentou se proteger em uma Embaixada, justamente a que tem o governo mais alinhado aos seus posicionamentos. O presidente húngaro, Viktor Orbán, comunga dos mesmos preceitos de extrema-direita que Bolsonaro.
Em 2018, Orbán esteve no Brasil para a posse de Bolsonaro e, em 2022, foi a vez do brasileiro ir a Hungria.
*Informações Agência Brasil. Edição Vermelho, Murilo da Silva