Lula critica “barbárie racista” sofrida por Vini Jr. na Espanha
Ministério das Relações Exteriores publicou nota nesta quinta-feira (14) sobre o caso. Torcida do Atlético de Madrid fez insultos em disputa da Champions em que Vini Jr nem jogaria
Publicado 15/03/2024 15:27 | Editado 15/03/2024 16:27
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou nesta quinta (14) as novas ofensas racistas sofridas pelo jogador Vinicius Júnior, atleta do Real Madrid e da seleção brasileira de futebol. Governo diz que vai cobrar Uefa sobre racismo contra o brasileiro.
“É inacreditável que na segunda década do século 21 ainda exista um comportamento desse tipo. Toda a nossa solidariedade ao Vini Jr. Ele merece todo respeito e admiração pelo seu talento e competência, não essas manifestações de barbárie racista”, postou Lula.
Imagens registradas em vídeo mostram torcedores do Atlético de Madri chamando o atleta do clube rival de chimpanzé. As agressões racistas foram cometidas momentos antes do início da partida entre a equipe de Madri e a Inter de Milão (Itália), na última quarta (13), nas imediações do Estádio Metropolitano da capital espanhola, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, competição organizada pela UEFA (União das Associações Europeias de Futebol).
O jogo nem sequer envolvia a participação de Vini Jr. e do seu time. Mais cedo, o próprio Vinicius Júnior fez uma postagem cobrando que a UEFA puna os responsáveis pelas agressões.
“Espero que vocês já tenham pensado na punição deles Champions League, UEFA. É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente”, publicou em seu perfil em uma rede social o jogador.
Em nota, o governo brasileiro, por meio do Palácio do Itamaraty, afirmou que recebeu com “tristeza e indignação” a notícia da ocorrência de mais uma agressão racista contra o jogador, situação que tem sido recorrente na Espanha. Além disso, informou que vai reiterar às autoridades governamentais e esportivas espanholas a preocupação com os repetidos ataques racistas ao atleta, além de cobrar providências da UEFA, organizadora do torneio no qual as manifestações racistas ocorreram.
“Enquanto não houver sanções penais e esportivas à altura, os racistas continuarão a agir e nenhuma campanha contra o racismo trará resultados efetivos”, diz a nota do Ministério das Relações Exteriores.