Papa pede cessar-fogo imediato e ajuda humanitária em Gaza
Líder da Igreja Católica pede a suspensão dos ataques de Israel a Gaza, destaca o sofrimento causado aos civis e defende desarmamento mundial
Publicado 04/03/2024 15:33 | Editado 05/03/2024 14:20
“Chega, por favor! Vamos todos dizer: chega, por favor! Parem!”. Essas palavras, em tom de forte apelo, foram ditas pelo Papa Francisco neste domingo (3), em relação aos covardes ataques de Israel à população palestina, que já resultaram na morte de mais de 30 mil pessoas, boa parte crianças e mulheres. “Verdadeiramente se pensa em construir um mundo melhor dessa forma, se pensa realmente em alcançar a paz?”, questionou.
Em sua fala, o Papa também enfatizou a urgência de haver uma suspensão imediata dos ataques e o acesso seguro da população palestina à ajuda humanitária.
“Encorajo a continuação das negociações para um cessar-fogo imediato em Gaza e em toda a região, para que todos os reféns [israelenses] sejam libertados e devolvidos às suas famílias, que os esperam com angústia, e que a população civil [de Gaza] possa ter acesso seguro à ajuda humanitária de que tanto necessita”, afirmou.
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Francisco disse, ainda: “Carrego diariamente em meu coração, com dor, o sofrimento das populações da Palestina e de Israel devido às hostilidades em curso”. Os milhares de mortos, feridos, desabrigados e a imensa destruição na região, declarou, “causam dor, com consequências terríveis para os pequenos e indefesos, que veem seu futuro comprometido”.
O Papa também defendeu a paz no caso da Guerra na Ucrânia e, lembrando o 5 de março, Dia Internacional de Conscientização sobre Desarmamento e Não-Proliferação de Armas, destacou: “Quantos recursos são desperdiçados em gastos militares que, devido à situação atual, infelizmente continuam a aumentar?”.
Ele completou salientando: “Espero sinceramente que a comunidade internacional compreenda que o desarmamento é, antes de tudo, um dever, o desarmamento é um dever moral. Vamos colocar isso em nossas cabeças. E isso requer a coragem de todos os membros da grande família de nações de passar do equilíbrio do medo para o equilíbrio da confiança”.
(PL)