Brasil fecha acordo internacional com potencial para alavancar PIB em 2,1%

Além do crescimento do PIB, o acordo deve garantir a geração de mais de 160 mil postos de trabalho e aumento dos investimentos em 5,9%

Secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, (Foto: Divulgação/MCDI)

Com potencial para alavancar o PIB brasileiro em 2,1% em cinco anos, segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil assinou acordo com 121 países neste domingo (25), em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para facilitar os investimentos entre as economias com obrigações sociais e ambientais.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio e Serviços (MDIC), o objetivo é simplificar as operações entre as economias signatárias, dar mais previsibilidade aos investidores e promover a conduta empresarial responsável nas operações internacionais.

“Há muito valor no estabelecimento de padrões globais mínimos para transparência, simplificação e facilitação de investimentos, além de prevenção de disputas. E nesse acordo há também cláusulas por meios das quais os países se obrigam a exigir do investidor compromissos sociais e ambientais”, explica a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, que representou a pasta no evento.

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“O Acordo sobre Facilitação de Investimentos para o Desenvolvimento (AFID, na sigla em inglês) vem sendo costurado desde 2017 com forte atuação do Brasil, que possui reconhecida experiência nessa área”, diz nota do MDCI.

A pasta acrescenta que, desde 2012, o Brasil vem concluindo Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) em nível bilateral e regional. “Essa experiência fez do país um ator chave na formulação de propostas e nas negociações que vieram a ocorrer na OMC”, acrescenta.

Além do potencial para alavancar o PIB, o acordo tem competência para gerar mais de 160 mil postos de trabalho e aumento dos investimentos em 5,9%.

“Uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial aponta que 82% dos investidores consultados consideram transparência e previsibilidade na conduta de órgãos públicos como um fator importante ou criticamente importante para a definição a respeito de onde investir”, esclarece a pasta.

Confira a lista de países que assinam o acordo:

Afeganistão, Albânia, Angola, Antígua e Barbuda, Argentina, Armênia, Austrália, Bahrein, Barbados, Belize, Benin, Bolívia, Brasil, Burundi, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Canadá, República Centro-Africana, Chade, Chile, China, Congo, Costa Rica, Djibuti, Dominica, República Dominicana, Equador, El Salvador, União Europeia (27 países), Gabão, Gâmbia, Geórgia, Granada, Guatemala, Guiné, Guiné-Bissau, Honduras, Hong Kong, Islândia, Indonésia, Japão, Cazaquistão,  Coreia do Sul, Kwait, Quirguistão, Laos, Libéria, Macau, Malawi, Malásia, Maldivas, Mali, Mauritânia, Ilhas Maurício, México, Moldávia, Mongólia, Montenegro, Marrocos, Moçambique, Miamar, Nova Zelândia, Nicaragua, Níger, Nigéria, Macedônia do Norte, Noruega, Oman, Panamá, Papua-Nova Guiné, Paraguai, Peru, Filipinas, Qatar, Rússia, Arábia Saudita, Seicheles, Serra Leoa, Singapura, Ilhas Salomão, Suriname, Suiça, Tajiquistão, Tailândia, Togo, Uganda, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Uruguai, Vanuatu, Venezuela, Iêmen, Zâmbia e Zimbábue.

Com informações da agência gov

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