Arrecadação recorde do governo federal soma R$ 280,6 bi em janeiro
Valor subiu 6,67% em termos reais em comparação com o mesmo mês de 2023. O aumento é resultado de regulamentação da taxação de fundos de investimentos
Publicado 23/02/2024 08:59 | Editado 23/02/2024 12:10
A arrecadação federal somou R$ 280,64 bilhões em janeiro, um aumento real de 6,67% na comparação com o mesmo período em 2023. Os dados da Receita Federal, foram divulgados nesta quinta (22), no mesmo dia em que o Banco Central (BC), publicou o mais recente Boletim Focus, que aponta para uma queda na expectativa da inflação e um aumento quanto ao PIB (Produto Interno Bruto).
O montante representa o melhor resultado para um mês em toda a série histórica da Receita, que teve início em 1995.
Entre os fatores que explicam a alta arrecadação, estão os ganhos gerados pela taxação de fundos de investimentos operados por pessoas de alta renda, o aumento da massa salarial e a melhora dos principais indicadores econômicos do país.
A tributação dos fundos exclusivos somou R$ 4,1 bilhões em janeiro, segundo a Receita Federal. Sem correção inflacionária, a arrecadação mostrou alta de 11,48% janeiro.
Em novembro, o Congresso aprovou o projeto de lei das offshores e de fundos exclusivos proposto e sancionado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Outro destaque de janeiro foi o PIS/Pasep e a Cofins, que tiveram uma arrecadação de R$ 44 bilhões no mês passado, representando crescimento real de 14,37%.
O cenário econômico positivo se evidencia também na melhoria das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Boletim Focus divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central, o PIB do Brasil para 2024 deve ter crescimento de 1,68%. Na semana passada, a estimativa era de 1,60%. Essa foi a variação mais expressiva do relatório Focus. Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia se manteve em 2%.
A arrecadação federal ficou acima da mediana das estimativas dos economistas, que era de R$ 277 bilhões para janeiro. Segundo relatório da Receita, o resultado recorde se deve ao comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetam a arrecadação.