Greve nos trens, na saúde e de servidores públicos pressiona Milei
Argentina enfrenta onda de protestos em respostas às medidas do governo, que provocam rebaixamento de salários e aumento alarmante da pobreza
Publicado 22/02/2024 17:54 | Editado 23/02/2024 22:18
Os trabalhadores argentinos continuam mobilizados contra os retrocessos do governo de Javier Milei. Na quarta-feira (21) o serviço ferroviário passou por uma greve de 24 horas. Nesta quinta (22) é a vez dos trabalhadores da saúde, organizados pela Federação das Associações de Trabalhadores da Saúde Argentina (Fatsa), entrarem em greve por mesmo período em reivindicação por melhores condições salariais.
O movimento atinge diversas áreas de atendimento em saúde, preservando somente os plantões de emergência.
PARO NACIONAL DE ACTIVIDADES DEL SECTOR ASISTENCIAL – JUEVES 22 – 24 HS
— FATSA (@SanidadArg) February 20, 2024
Los trabajadores de Sanidad UNIDOS decimos #SinSalarioNoHaySalud.
Iniciamos Plan de Lucha por nuestra recomposición salarial. pic.twitter.com/7WvlpmnY0M
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E estas não são as únicas manifestações no período. Para o próximo dia 26 de fevereiro a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) promove uma greve nacional junto com a Frente Sindical Estadual. A mobilização convocada pelos funcionários públicos tem o propósito de enfrentar o corte dos salários e reformas impostas pelo novo governo.
AHORA!!
— Rodolfo Aguiar (@rodoaguiar) February 20, 2024
LOS ESTATALES VAMOS AL PARO EL 26
Para enfrentar el recorte planificado de salarios y jubilaciones, desde ATE y en el marco del Frente de Gremios Estatales que impulsamos, definimos convocar a una nueva Jornada Nacional de Lucha con paros, asambleas y movilizaciones… pic.twitter.com/qTqLcs1mNl
Segundo O Globo, o avanço da fome na Argentina tem alarmado o país, pois o crescimento de salários de 8,9% em dezembro foi aniquilado pela inflação de 25% no mês. Dessa forma, a situação da subida de preços, com especial alta nos preços dos transportes e serviços públicos, pelas severas medidas fiscais impostas abruptamente pelo governo tem feito a pobreza atingir recorde na Argentina.
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O jornal argentino Página 12 ainda destaca que, na sexta-feira (23), ao menos vinte organizações sociais responsáveis pela rede de cozinhas comunitárias presentes em todas as províncias (estados) irão iniciar um plano de lutas com protestos em mais de 500 pontos em todo o país.
A iniciativa visa denunciar a falta de respostas do governo para o avanço da fome no país. No início do mês, em protesto contra a ministra do Capital Humano do país, Sandra Pettovello, os manifestantes fizeram uma longa fila que ocupou mais de 30 quarteirões em frente ao gabinete dela, que havia dito que “atenderia a todos que tem fome”. Na ocasião ela não recebeu ninguém.