Comissão de Ética da Presidência apura ação golpista de ministros de Bolsonaro

A Comissão de Ética Pública da Presidência abriu nesta terça-feira (20) um processo para apurar a conduta golpista de cinco ex-ministros de Bolsonaro que participaram da reunião no Palácio do Planalto em julho de 2022, quando se articulava ataque ao sistema eleitoral e golpe de Estado.

O encontro gravado embasou a Operação Tempus Veritatis, a hora da verdade, que mirou, além do inelegível ex-presidente, ex-ministros, assessores e militares de alta patente envolvidos na tentativa de ruptura institucional.

A Polícia Federal (PF) cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, 4 de prisão preventiva e 48 de medidas alternativas, entre as quais a retenção do passaporte de Bolsonaro.

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A Comissão de Ética da Presidência vai apurar a conduta golpista de Augusto Heleno (GSI), Bruno Bianco (AGU), Wagner Rosário (CGU), Paulo Sérgio (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e ex-secretário-geral da Presidência, Mário Fernandes.

Em determinado momento da reunião, por exemplo, Augusto Heleno contou ter conversado com o diretor-adjunto da Abin sobre a possibilidade de infiltração de agentes na campanha eleitoral e alertou para o risco de que eles sejam identificados.

“Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”, propôs Heleno.

Paulo Sérgio Nogueira diz que o TSE é inimigo e a Comissão de Transparência Eleitoral “pra inglês ver”.

“Nós temos reuniões pela frente, decisivas pra gente ver o que pode ser feito; que ações poderão ser tomadas para que a gente possa ter transparência, segurança, condições de auditoria e que as eleições se transcorram da forma como a gente sonha!”, afirma o ex-ministro da Defesa.