Entidades prestam solidariedade a Lula e denunciam genocídio de Israel
Cebrapaz, Vozes Judaicas por Libertação, Fepal, CTB e CUT publicaram nota em defesa das declarações do presidente Lula sobre os crimes de genocídio praticados por Israel
Publicado 20/02/2024 10:51 | Editado 20/02/2024 16:15
Entidades de diversos setores da sociedade civil prestaram, nesta segunda (19), solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e suas declarações sobre os crimes de genocídio praticados por Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.
O Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), coletivo Vozes Judaicas por Libertação, Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil), CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) publicaram notas em defesa das declarações de Lula.
O Cebrapaz afirma apoiar “incondicionalmente” as declarações do presidente. “Tem plena razão o presidente brasileiro quando afirma que esses crimes são equivalentes aos cometidos pelos nazistas durante o holocausto dos judeus”, publicou o centro, dedicado pela luta internacional pela justiça, a soberania dos povos e nações, pelos direitos humanos e pela paz.
“Identificamo-nos com os propósitos e os esforços por justiça e paz do presidente Lula e de solidariedade com o povo martirizado da Palestina. A violência e a opressão infligidas ao povo palestino causam consternação e revolta nos povos de todo o mundo. Ao se insurgir contra tais atos do Estado sionista, o presidente Lula honra o Brasil e o povo brasileiro e eleva ainda mais a sua estatura de estadista colocando-se na vanguarda da solidariedade ao povo palestino e no empenho pela paz”, disse.
O coletivo Vozes Judaicas por Libertação diz que “a comparação entre genocídios é sempre delicada” e que “não há como estabelecer qualquer hierarquia”, mas afirma que as falas do chefe do Executivo “são de grande importância”.
“Se a criação e fundação de um Estado judaico foi uma medida de sobrevivência num mundo sitiado, ela logo se tornou um pesadelo. O Estado de Israel não trouxe emancipação verdadeira aos judeus pois a sua existência é mantida às custas da negação da autodeterminação dos palestinos”, afirma ainda o grupo.
O Vozes Judaicas por Libertação é integrado por cerca de 30 pessoas, entre professores, educadores, ativistas e empreendedores. O coletivo atua em defesa dos direitos dos palestinos ao seu território e diz não se sentir representado pelas entidades israelitas brasileiras.
Já a Fepal deu razão ao presidente Lula e disse que o mundo o apoia em sua denúncia.
“O presidente Lula logrou êxito ao comparar o genocídio palestino com o holocausto euro-judeu e as políticas da Alemanha nazista na Europa. Nós da FEPAL agradecemos o gesto corajoso de Lula, que em sua ação lava a alma dos palestinos e daqueles que ainda tem alguma humanidade e decência de reconhecer a magnitude da tragédia humanitária que vivemos neste momento”, publicou a frente árabe-palestina.
A CTB e a CUT sublinharam as mais de 28 mil mortes, sendo grande parte mulheres e crianças, em menos de quatro meses de conflito.
“Já supera 29 mil o número de mortos na Faixa de Gaza por Israel. Feridos e mutilados somam cerca de 70 mil, 70% das residências foram destruídas por bombardeios e 1,5 milhão estão desalojados e deslocados”, disse a CTB.
“Os crimes de guerra praticados pelo Estado racista e terrorista de Israel são mascarados e respaldados pelos Estados Unidos e a poderosa máquina de espionagem e de propaganda midiática a serviço do imperialismo, em parceria com o lobby israelense”, conclui.
“A Central Única dos Trabalhadores (CUT), apresenta sua total solidariedade ao Presidente Lula contra os duros e injustos ataques que está sofrendo da extrema direita, do sionismo e da grande imprensa, cúmplices dos crimes que o governo de Israel comete contra o povo palestino e a humanidade”, publicou em nota a CUT.