Guerra chega ao 100º dia e se aproxima de 24 mil mortos em Gaza

Ataques de Israel ao território palestino também deixaram 60.317 feridos e criaram grave crise humanitária

Crianças clamam por comida em Rafah, Sul de Gaza. Foto: UNICEF/Abed Zagout

Em 7 de outubro foi iniciada a guerra entre Israel e Hamas, após invasão ao sul do território israelense. Dessa forma, neste domingo (14), a guerra completa 100 dias sem perspectiva de fim e com um rastro de mortes que fez quase 24 mil vítimas palestinas em Gaza.

Os ataques a Gaza tem sido alvo de críticas em todo o mundo e fez com que a África do Sul encaminhasse uma denúncia de genocídio contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. A posição é defendida pelo governo brasileiro.

No sábado (13), manifestações em diversas partes do mundo, inclusive na cidade de São Paulo, pediram pelo cessar-fogo.

A cobrança pelo fim da guerra observa que Israel tem atacado Gaza e atingido, em grande maioria, a população civil sob o pretexto de combater o Hamas.

Leia também: Em Haia, África do Sul elenca cinco crimes de genocídio cometidos por Israel

A forma indiscriminada de ataque gerou uma situação grave de violação de direitos humanos, pois a infraestrutura do território foi gravemente atingida, levando a escassez de alimentos, remédios e água, impondo dificuldades para que ajuda humanitária chegasse à região.

Escalada da guerra

No sábado, véspera do centésimo dia de guerra, o exército israelense lançou ataque em Khan Younis e na região central de Gaza. A cidade fica ao Sul do território, região em que a população está concentrada após o forte bombardeiro realizado no Norte e consequente expulsão dos palestinos para o Sul.

Leia também: Ato em SP de apoio à Palestina pede cessar-fogo imediato em Gaza

No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que Corte Internacional de Justiça não deterá suas intenções de eliminar o Hamas, o que chama de “vitória total”.

Mortos

Os ataques do Hamas a Israel tiraram a vida de 1,2 mil pessoas, em 7 de outubro. Desde então, as baixas israelenses têm se concentrado em membros do Exército em ataques a Gaza.

A desproporcional resposta, no entanto, já gerou o que a opinião pública internacional vem apontando como genocídio.

Leia também: Itamaraty: Lula apoia denúncia contra Israel na Corte Internacional de Justiça

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques ao território já mataram 23.843 palestinos, sendo a maioria mulheres e crianças. Além disso, estima-se em 60.317 o número de feridos pelos ataques de Israel.

*Com informações de agências internacionais