Capacidade instalada de energia renovável cresceu 50% em 2023
Foram implementados cerca de 507 gigawatts a mais que em 2022, segundo Agência Internacional de Energia. Setor fotovoltaico representa 75% do crescimento
Publicado 12/01/2024 16:05 | Editado 15/01/2024 08:22
A capacidade instalada de energia renovável no mundo aumentou 50% em 2023 em relação ao ano anterior, informou nesta quinta (11) a Agência Internacional de Energia (AIE). A marca foi impulsionada pelo setor fotovoltaico.
De acordo com o relatório Renewables 2023 (Renováveis 2023), publicados nesta quinta pela agência, foram implementados cerca de 507 gigawatts (GW), ou seja, 50% a mais que em 2022.
“A capacidade de produção de eletricidade renovável nunca cresceu tão rapidamente em 30 anos, o que proporciona uma possibilidade real de atingir o objetivo que os governos estabeleceram para a COP28 de triplicar a capacidade mundial até 2030”, acrescenta a AIE em um comunicado.
Destas novas instalações, três quartos foram no setor fotovoltaico, cuja energia é gerada a partir da luz solar.
A China foi mais uma vez o grande motor deste crescimento, com, por exemplo, alta de 66% da energia eólica em um ano. Mas a Europa, os Estados Unidos e o Brasil também avançaram e atingiram níveis sem precedentes.
Embora destaque que a capacidade de produção elétrica renovável tenha crescido, a AIE adverte que o ritmo atual não é suficiente. A agência destaca a necessidade de financiamento para os países emergentes e em desenvolvimento.
“Sob as condições de mercado e o estado das políticas atuais, a capacidade global aumentaria 2,5 vezes até 2030. Ainda não é suficiente para atingir o objetivo da COP28 de multiplicar as energias renováveis por três, mas estamos nos aproximando e os governos têm as ferramentas necessárias para minimizar a diferença”, disse o diretor da AIE, Fatih Birol.
“As instalações eólicas terrestres e fotovoltaicas são atualmente mais baratas do que as novas centrais de combustíveis fósseis em quase todos os lugares, e mais baratas do que as centrai existentes na maioria dos países”, afirma o economista.