Lula diz que povo brasileiro ganha com Lewandowski na Justiça e Dino no STF
Ao anunciar novo ministro da Justiça e Segurança Pública, presidente informou que posse ocorrerá em 1º de fevereiro e salientou que composição da equipe caberá a Lewandowski
Publicado 11/01/2024 14:30 | Editado 11/01/2024 15:25
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira (11), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, para suceder Flávio Dino — que passará a ocupar uma cadeira no STF — na pasta da Justiça e Segurança Pública.
“Hoje é um dia muito feliz porque eu estou diante de um companheiro que está prestando um serviço extraordinário ao país, à Justiça brasileira e que acertadamente, o Congresso Nacional homologou para que seja, a partir do dia 22 de fevereiro, o novo ministro da Suprema Corte”, disse Lula em referência a Flávio Dino. Indicado pelo presidente, ele foi aprovado pelo Senado em dezembro.
Ao falar de Lewandowski, Lula salientou também estar feliz por ter no governo “um companheiro que foi um extraordinário ministro da Suprema Corte. E completou: “Ganha o Ministério da Justiça, a Suprema Corte e o povo brasileiro com essa dupla, cada um em sua função”.
Segundo o presidente, o decreto de oficialização do novo ministro deverá sair no dia 19 e a posse, no dia 1º de fevereiro. “Até lá, o companheiro Flávio Dino, que só vai tomar posse (no STF) em 22 de fevereiro, ficará cumprindo a função da forma magistral que ele cumpriu até agora”, declarou Lula.
Um dos pontos que ainda não está definido é o futuro do atual secretário-executivo, Ricardo Cappelli e quem poderá vir a substituí-lo, bem como a composição da nova equipe. Sobre isso, Lula afirmou: “Normalmente, eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time com o qual elas vão jogar”.
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Lula destacou, ainda, que “quando chegar o dia 1º, vamos fazer a posse do nosso querido Lewandowski como ministro da Justiça e aí ele já vai ter uma equipe montada, ele vai conversar comigo e aí a gente vai discutir quem fica, quem sai, quem entra, quais são as novidades”.
Com relação à indicação de Dino ao STF, o presidente ressaltou: “Sempre sonhei que a gente deveria ter, na Suprema Corte, um ministro com a cabeça política, que tivesse vivenciado a política. Não que quem esteja lá não tenha, mas ninguém que está lá tem a experiência política que tem o Flávio Dino”, disse, lembrando sua passagem pelo Congresso, pelo Governo do Maranhão e pelo MJ.
O novo ministro Ricardo Lewandowski foi indicado ao STF pelo presidente Lula, que exercia seu primeiro mandato, e ficou na Corte até 2023, quando completou 75 anos, idade máxima para atuar na Corte. Sua cadeira foi ocupada pelo advogado Cristiano Zanin. Flávio Dino, por sua vez, ocupará a vaga aberta com a aposentadoria da ex-presidente Rosa Weber, em setembro.
Cenário positivo
O presidente Lula também aproveitou a ocasião para falar da situação do país em 2023 e o que espera para 2024. “Estou muito feliz com o que aconteceu no primeiro ano de mandato. Em janeiro, fui a Hiroshima, e por acaso encontrei a diretora-geral do FMI. E ela me disse que o Brasil estaria numa situação difícil porque o ano seria difícil e o Brasil não iria crescer mais do que 0,8%. E eu disse: ‘olha, com todo o respeito que eu tenho pela senhora, a senhora não conhece o Brasil, não me conhece e o Brasil vai crescer mais do que a senhora está prevendo’. E cresceu”.
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O presidente destacou que em 2024, “vamos ter outro ano primoroso neste país. A economia vai crescer mais do que os especialistas estão dizendo e vai crescer porque as coisas estão acontecendo”. Ele completou afirmando que no ano passado, em muitas áreas, o governo investiu “o dobro de dinheiro do que foi investido nos quatro anos passados. E esse dinheiro ainda não chegou totalmente na ponta”.
Ele finalizou apontando que “neste ano, vamos colher o que plantamos em 2023 e vamos plantar novas coisas em 2024 que vamos colher em 2025. Em 2026, espero que o povo brasileiro esteja vivendo num país infinitamente melhor do ponto de vista democrático, econômico, político e social”.