OMS e Unicef observam situação crítica em Gaza: “zona de morte”
Representante da Organização Mundial da Saúde diz que situação “piora a cada hora” com bombardeios no sul. Porta-voz da Unicef fala que “Gaza é uma zona de morte”
Publicado 05/12/2023 12:21 | Editado 06/12/2023 11:35
A terrível situação imposta por Israel à Palestina está cada vez mais crítica. Nesta terça-feira (5) o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Palestina, Richard Peeperkorn, falou diretamente de Gaza por videochamada com repórteres internacionais e fez questão de ressaltar que a situação “piora a cada hora”.
Segundo Peeperkorn, os bombardeios israelenses que antes eram direcionados ao norte de Gaza agora atingem toda a parte, inclusive o sul, próximo às cidade de Khan Younis e Rafah, esta última onde se localiza a passagem ao Egito.
O representante da OMS apelou à comunidade internacional para o envio de mais ajuda humanitária para Gaza, sendo que a atual quantidade de ajuda não dá conta da situação vulnerável em que se encontra a população, com aumento permanente do desastre humanitário.
“Zona de Morte”
Para a rede Al Jazeera, o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), James Elder, descreveu o cenário que vive o povo palestino em Gaza: “Para onde quer que olhe há crianças com queimaduras de terceiro grau, feridas por estilhaços, lesões cerebrais e ossos quebrados”, lamentou.
Segundo Elder, as mães choram por crianças que parecem estar próximas da hora da morte: “Parece uma zona de morte neste momento”, completou.
Em sua conta no X (antigo Twitter), o porta-voz afirmou que os ataques sofridos pelo sul são tão cruéis quanto os que foram direcionados ao norte e pediu um esforço maior para acabar com a guerra que envolve as crianças ao dizer que silêncio neste momento é cumplicidade.
Despite what has been assured, attacks in the south of #Gaza are every bit as vicious as what the north endured. Somehow, it's getting worse for children and mothers.
— James Elder (@1james_elder) December 4, 2023
Your voice matters. We must believe we can be a part of Stopping The War on Children … Silence is complicity pic.twitter.com/1kYV18YMT3
Na mesma rede social, em postagem do canal de notícias das Nações Unidas (ONU), ele também colocou, diretamente de Rafah, que “não há lugar seguro” e que nem mesmo os hospitais são locais seguros.
"There is nowhere safe. This place is not safe. Under that table is not safe. Children in that hospital are not safe." – @UNICEF Spokesperson James Elder, speaking to UN News from Rafah in southern Gaza ?️⤵️https://t.co/jVLIcw1gaU pic.twitter.com/kGjQ6nm8qz
— UN News (@UN_News_Centre) December 1, 2023
*Com informações Al Jazeera. Edição Vermelho, Murilo da Silva.