Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional é lançada no Congresso
Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), não é possível pensar em soberania sem a transversalidade com a democracia e com direitos
Publicado 03/12/2023 11:37 | Editado 03/12/2023 11:47
A Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional da Câmara do Deputados tem o objetivo de mobilizar parlamentares, movimentos sociais, universidades, dentre outros espaços coletivos, no debate sobre a soberania nacional, a fim de contribuir para a construção de um país realmente soberano e independente.
“Estado soberano é aquele cujo povo valoriza sua identidade, conhece sua história, cultiva sua memória e, apropriando-se crítica e amorosamente do passado, compreende o presente para agir sobre ele, e projetar seu futuro”, afirmou Patrus Ananias (PT-MG), presidente da frente.
Diversos parlamentares e representantes dos movimentos sociais, reitores de universidades, sindicatos, centrais sindicais, Federação Única dos Petroleiros (FUP), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outras entidades participaram do evento.
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Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), não é possível pensar em Soberania sem a transversalidade com a democracia e com direitos.
“Um nacionalismo sem democracia e sem direitos, nós não queremos. Nós queremos um projeto nacional de desenvolvimento integrado com a democracia, com o estado democrático de direito e com os direitos dos nossos trabalhadores e trabalhadoras e do nosso povo”, ressaltou a parlamentar.
Jandira Feghali destacou ainda a relevância da frente para o PCdoB:
“Para nós, do Partido Comunista do Brasil, é muito importante que essa Frente exista, que ela possa peregrinar pelo país, que ela possa organizar a sociedade em nome desse projeto nacional de desenvolvimento, integrando as diversas faces desse desenvolvimento e entendendo que o atual capitalismo, o capitalismo contemporâneo, ele agudiza a contradição com a democracia, com o estado e com os direitos.”
A líder do PCdoB na Câmara destacou também a importância de afirmar a singularidade do Brasil.
“Temos de afirmar nossa independência cultural, nossa independência territorial, nossa diversidade e dizer que não somos um país composto de consumidores. Somos um país composto de cidadãs e cidadãos, e com amplo direito e é para isso que a gente atua e trabalha”, afirmou a parlamentar.
Retrocessos
Após o golpe de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff, o país sofreu retrocessos no processo de construção da soberania com a destruição de direitos e a entrega do patrimônio nacional.
Mas com a terceira vitória do presidente Lula, o país voltou a ter esperança e está sendo reconstruído. “A soberania dos povos, das nações, dos Estados, não é dada, é uma conquista em várias frentes, como vimos, político-jurídica, econômica, social, cultural”, destacou Patrus Ananias.
O parlamentar destacou ainda sobre o desafio em regulamentar as empresas de tecnologias, as chamadas Big Techs para que elas se submetam às leis nacionais, além dos desafios com a questão ambiental para garantir uma soberania nacional plena.
Com informações do PT na Câmara.