Lula defende que nenhum inocente pode sofrer por causa de quem quer guerra

Fala ocorreu após reunião com familiares de reféns e desaparecidos em Israel. Lula reforçou que tem dialogado com presidentes sobre esses casos e pela volta de brasileiros

Lula durante videoconferência com representantes do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, de Israel. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, nesta quinta-feira (26), por videoconferência, com o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, que reúne parentes de pessoas que se encontram numa dessas situações desde que teve início o conflito entre Hamas e Israel, no último dia 7. “Nenhum inocente, de nenhuma nacionalidade, pode sofrer por conta daqueles que querem a guerra”, disse Lula, pelas redes sociais, após a reunião.

O presidente também declarou: “Conversei hoje com brasileiros que têm familiares israelenses reféns do Hamas e com uma família palestino-brasileira presa em Gaza. Estou em diálogo com presidentes de vários países pela libertação dos reféns e para que os brasileiros em Gaza possam retornar ao Brasil”. Participaram da conversa, ainda, familiares de um brasileiro que se encontra desaparecido.

A videoconferência ocorreu a pedido do Fórum de Famílias, por meio de carta endereçada a Lula. Os familiares relataram as histórias da captura e da perda de contato com seus parentes. 

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Vários deles são jovens raptados pelo Hamas durante um festival de música. Alguns sofrem de doenças crônicas e estão sem seus remédios de uso contínuo. Na maior parte dos casos, sequer há evidência de que estejam vivos. O fórum pediu ao presidente que siga apoiando o pleito do grupo pela libertação de reféns. 

Lula afirmou estar pessoalmente empenhado na construção da paz, na libertação dos reféns e na abertura de um corredor humanitário. Assegurou que tem tratado a questão como prioridade nas conversas que vem mantendo com líderes internacionais sobre a crise.

O presidente já esteve em contato com os dirigentes dos Emirados Árabes Unidos, de Israel, da Palestina, do Egito, da França, da Rússia, da Turquia, do Irã, do Catar e do Conselho Europeu. 

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Nesta quarta-feira (25), Lula falou, por telefone, com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani. Conforme noticiado pelo Planalto, ambos concordaram sobre a importância da abertura de um corredor humanitário e da libertação de todos os reféns e ressaltaram a necessidade de um cessar-fogo e os perigos de uma escalada no conflito, que precisa ser evitada.

Com agências

(PL)

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