Associação de professores da USP aprova continuidade de paralisação
Docentes da Adusp apoiam a greve dos estudantes que chega na terceira semana. Paralisação está mantida até terça (10); alunos e reitoria se reúnem na segunda (9)
Publicado 06/10/2023 15:25
A greve dos estudantes da USP pela contratação de mais professores e melhores condições de benefícios já apresentou resultados a partir da última reunião com a reitoria. No período a paralisação dos estudantes tem contado com o importante apoio de professores de diversas unidades e, principalmente, da Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo).
Os docentes da associação deliberaram na última quinta-feira (5) a continuidade da paralisação de suas atividades até terça-feira (10), em apoio aos estudantes. O novo encontro acontecerá um dia depois dos alunos se reunirem mais uma vez com a reitoria na segunda-feira (9), para dar continuidade no plano de contratações emergenciais.
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Os alunos iniciaram a greve no dia 21 de setembro. Também na última quinta (5) realizaram passeata e atividades grevistas na Avenida Paulista e no centro de São Paulo.
Apesar da mobilização dos docentes, classe motivadora da greve, a reitoria vetou a participação da presidenta da Adusp, professora Michele Schultz, da última reunião de negociação realizada na quarta-feira (4). Ela havia sido indicada pela Assembleia Geral da Adusp e a havia concordância do movimento estudantil.
Em nota subscrita pela Adusp, foi colocado que: “A recusa e veto à participação da Adusp por parte da Reitoria causa estranhamento, especialmente quando recebemos um comunicado sobre a abertura ao diálogo. Reiteramos a relevância de diálogo com a entidade que representa os/as/es docentes na universidade de São Paulo.”
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Apesar do contratempo, a assembleia geral dos docentes entendeu que houve avanço nas negociações “fruto da grande mobilização estudantil”.
No entanto, foi ponderado que ainda há possibilidade de progressos “no que tange à revogação dos instrumentos normativos que instituíram a concorrência entre as unidades; à garantia de serem respeitadas as necessidades e especificidades de cada unidade, departamento ou órgão equivalente para distribuição de cargos; e a garantia de reposição automática de cargos vagos em função de mortes, aposentadorias ou exonerações e às políticas de permanência estudantil”.