IBGE: Desemprego cai para 7,8%, menor patamar desde 2015

Dados da Pnad Contínua mostram que número de desocupados recuou para 8,4 milhões no trimestre encerrado em agosto e que massa salarial bateu recorde

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (29) foi divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados trazidos revelam que a taxa de desemprego apresentou queda significativa, além de outros bons resultados:

  • a taxa de desemprego recuou para 7,8% no trimestre encerrado em agosto;
  • foi uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior (março-maio);
  • este é o menor índice desde fevereiro de 2015, quando marcou 7,5%.

Segundo o IBGE, 8,4 milhões de pessoas estavam desocupadas em agosto de 2023. Menor nível desde o trimestre encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões.

Em relação ao trimestre anterior, março até maio, o recuo foi de 5,9%, o que representa menos 528 mil pessoas em desocupação.

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Entre os motivos para as melhoras indicadas está o crescimento de 1,3 milhão de pessoas trabalhando. A população ocupada, portanto, chegou a 99,7 milhões no final de agosto.

Os setores que ajudaram neste maior grau de ocupação foram:

  • Serviços domésticos (alta de 2,9%, mais 164 mil pessoas);
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (alta de 2,4%, mais 422 mil pessoas);
  • Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, (alta de 2,3%, mais 275 mil pessoas).

Carteira assinada

A PNAD Contínua ainda indicou que o número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou 37,248 milhões de pessoas e já é o maior resultado desde 2015, quando registrou 37,288 milhões (os números não consideram trabalhadores domésticos). O crescimento foi de 1,1% em comparação com o trimestre de maio, com mais 422 mil pessoas com carteira assinada.

Por outro lado, o número dos que estão sem carteira no setor privado também teve alta e chegou a 13,2 milhões, aumento de 2,1% em relação ao trimestre março-maio, o que representa mais 266 mil pessoas.

Rendimento bate recorde

A pesquisa ainda indicou que o rendimento real habitual do trimestre ficou estável: R$ 2.947. Porém, ao considerar a massa de rendimento real habitual, esta chegou a R$ 288,9 bilhões, um recorde da série histórica medida desde 2012 – crescimento de 2,4% em relação ao trimestre anterior e de 5,5% na comparação anual.

Repercussão

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), celebrou a notícia: “O emprego está chegando. O Brasil está voltando!”

A deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), ao comentar a queda do desemprego, disse: “é para isso que eu fiz o L!”