PF apreende quatro celulares de Frederick Wassef em churrascaria

Alvo de busca e apreensão, o advogado foi procurado pelos agentes na sexta, quando a PF deflagou operação contra assessores do ex-presidente Bolsonaro, mas não foi localizado.

Foto: Reprodução

O advogado Frederick Wassef foi alvo, no noite de quarta (16), de busca e apreensão autorizada pela Justiça. A ação da Polícia Federal ocorre após Wassef admitir ter recomprado no Estados Unidos um relógio vendido irregularmente por assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Conhecido como Anjo, o advogado de Bolsonaro foi localizado em um churrascaria na Zona Sul de São Paulo e teve quatro celulares apreendidos. As informações são do portal G1.

De acordo com a reportagem, a ação era para ter ocorrido na última sexta (11), quando a PF deflagrou a Operação Lucas 12:2, que investiga a venda e recompra irregular de joias destinadas à União durante o governo Bolsonaro.

No entanto, naquela sexta, Wassef não foi localizado. Nesta quarta, os agentes percorreram restaurantes da Zona Sul da capital paulista a procura do advogado do ex-presidente Bolsonaro.

Pessoas que acompanharam a ação da PF contaram, ainda segundo o G1, que Wassef não resistiu à abordagem, apesar de ter ficado surpreso. O carro do advogado também foi revistado.

Entenda o caso
Novos desdobramentos envolvendo o “caso das joias” levaram a Polícia Federal (PF) a deflagrar na última sexta (11) uma operação que tinha como alvo alguns militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Eles são suspeitos de tentar vender ilegalmente presentes oficiais dados ao governo brasileiro por delegações estrangeiras.

Entre os alvos da investigação estão o general do Exército Mauro César Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, de Mauro Cid; o próprio Mauro Cid; o tenente do Exército Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef, conhecido por já ter defendido o ex-presidente e seus familiares.

A suspeita é de que o grupo possa ter lucrado mais de R$ 1 milhão com a comercialização ilegal desses itens. A operação recebeu o nome de “Lucas 12:2”, fazendo referência ao versículo bíblico que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

Na última terça, em entrevista coletiva, na terça-feira (15), Frederick Wassef admitiu ter recomprado o relógio de luxo da marca Rolex vendido de maneira ilegal nos Estados Unidos, após ser dado como presente para o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Dias antes, no entanto, o Anjo havia afirmado que nunca havia visto o relógio. Segundo os investigadores, Wassef teria agido a mando de Cid para reaver o Rolex. No entanto, o advogado utilizou a coletiva para negar que tenha agido a mando de Bolsonaro ou Cid. Ele afirmou na coletiva que resolveu comprar o relógio para devolver para as instituições nacionais após a decisão do TCU.

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