Serviços e produção industrial mostram sinais de recuperação

Dados do IBGE mostram crescimento no volume de serviços (0,9%) e na produção industrial (0,3%) em maio, indicando uma retomada gradual da economia brasileira.

Setor de serviços tem a 27ª alta seguida | Foto: Divulgação/EBC

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados recentes sobre o desempenho dos setores de serviços e da produção industrial no país. De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) publicada nesta quarta-feira (12) o volume de serviços prestados registrou uma expansão de 0,9% em maio, após uma queda de 1,5% no mês anterior. Em comparação com maio do ano passado, o crescimento foi de 4,7%, marcando a 27ª alta consecutiva nesse indicador.

No acumulado do ano, houve uma expansão de 4,8% nos serviços, enquanto nos últimos 12 meses o avanço foi de 6,4%. Com esse resultado, o setor de serviços opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 2% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrada em dezembro de 2022.

A análise regional mostrou que o volume de serviços aumentou em 24 unidades da Federação. Os estados de Mato Grosso (22,5%), Rio de Janeiro (3,4%), Minas Gerais (2,6%), Rio Grande do Sul (2,0%) e Goiás (5,0%) praticam como maiores influências positivas no resultado geral.

Entre as cinco atividades analisadas pela pesquisa, quatro avançaram em maio. O setor de transportes teve o maior impacto no índice geral, com um crescimento de 2,2%, recuperando parte da queda de 4,3% registrada em abril. O transporte de cargas teve um avanço significativo de 3,7%, atingindo o maior patamar de sua série histórica, iniciado em 2011. O transporte de passageiros também apresentou expansão em maio (2,8%), após ter recuado 4,5% no mês anterior.

O setor de serviços prestados às famílias foi o segundo maior influenciador do resultado geral, com um crescimento de 1,1% em maio, acumulando um ganho de 2,2% no período. Por outro lado, a única atividade que apresentou queda foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%), que registrou retração pelo segundo mês consecutivo, acumulando perda de 1,5% no período.

No que diz respeito à produção industrial, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional de maio revelou que a indústria brasileira cresceu em dez dos 15 locais investigados. Na comparação com maio de 2022, a indústria teve um crescimento de 1,9%, e as expectativas positivas foram observadas em 12 dos 18 locais pesquisados. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo IBGE.

Destaca-se o crescimento da indústria do Amazonas (12,8%), com a taxa mais alta desde dezembro de 2021 (13,7%), após uma queda de 15,7% em abril. Pernambuco ocupa o segundo lugar no ranking de maiores expansões na produção industrial, com um crescimento de 5,6%, impulsionado pelos setores de veículos automotores e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. O Paraná também se recuperou, com um crescimento de 5,3%, beneficiado pelos setores de veículos automotores, alimentos e celulose. São Paulo, o maior parque industrial do país, teve um crescimento de 2,9% na produção industrial em maio.

Esses dados evidenciam uma recuperação gradual dos setores de serviços e da produção industrial, com alguns estados apresentando desempenho positivo significativo. Apesar das oscilações paralelas, os indicadores mostram um cenário de crescimento em relação ao ano anterior, sugerindo uma retomada econômica em meio aos desafios impostos pela pandemia.

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Fonte: IBGE

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